O primeiro encontro ibérico do movimento pelo encerramento da central nuclear de Almaraz decidiu este fim-de-semana agendar uma ação de protesto para o dia 11 de junho, em Cáceres. “Durante a reunião ficou decidido que vai haver uma conjugação de vontades de todas as entidades para que se consiga convergir numa ação de protesto pelo encerramento da central nuclear de Almaraz no início de junho em Cáceres”, disse à agência Lusa Nuno Sequeira, da organização ambientalista Quercus.
Nuno Sequeira, que falava no final do primeiro encontro ibérico do movimento pelo encerramento da central nuclear de Almaraz, que decorreu em Mérida, adiantou que a ação de protesto ficou marcada para o dia 11 de junho, em Cáceres. “Até lá vamos fazer um trabalho de mobilização em Portugal e em Espanha, junto de várias entidades e organizações e da sociedade civil para trazer o máximo de pessoas”, disse.
A reunião de ontem, dia 17, uma iniciativa do Foro Extremeño Antinuclear, juntou em Mérida cerca de 30 participantes de 20 organizações de Portugal e de Espanha. Nuno Sequeira explicou que durante o encontro ficou expressa uma “vontade muito grande de todos” para que o movimento leve a cabo um conjunto de iniciativas no sentido de pressionar e sensibilizar o Governo espanhol para encerrar a central nuclear de Almaraz “no mais curto espaço de tempo”.
“Por parte das entidades portuguesas presentes, ficou expressa a vontade de todos em que o Governo português tome uma posição mais firme em relação à defesa dos interesses nacionais em toda esta questão”, disse.
O ambientalista adiantou ainda que todas as organizações que participaram neste primeiro encontro ibérico, manifestaram uma “preocupação muito grande” relativamente a Almaraz e sobretudo, em relação à possibilidade de a vida da central nuclear se prolongar para lá de 2020. Nuno Sequeira adiantou ainda que nas próximas semanas, as organizações portuguesas que estiveram presentes em Mérida, vão reunir para definir um modelo de participação conjunta na ação de protesto agendada para junho. “O objetivo é mobilizar a sociedade portuguesa”, concluiu.