ProTEJO exige monitorização “séria” aos efluentes da Celtejo e a sua divulgação
O movimento pelo Tejo – proTEJO, exigiu ao Governo que “monitorize com seriedade” as descargas de efluentes da empresa Celtejo e quer a divulgação pública dos resultados dessa monitorização.
“Aquilo que viemos fazer, foi dizer que queremos que o Governo monitorize com seriedade essas descargas de efluentes da Celtejo, quer em quantidade, quer em termos da qualidade em que os efluentes são descarregados no rio Tejo e que divulgue esses resultados, para que possamos todos estar mais tranquilos”, disse Paulo Constantino, da proTEJO, à agência Lusa.
Este movimento de cidadania em defesa do Tejo organizou no sábado, no cais fluvial de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, o evento “Vogar contra a indiferença”, com o objetivo de consciencializar as populações para a conservação do rio e contra a indiferença por causa dos problemas de poluição.
“Quisemos cá vir outra vez depois de o Ministério do Ambiente já ter reconhecido que um dos problemas da poluição e da elevada carga poluente no rio Tejo ser a Celtejo e, portanto, ter revisto a licença dessa empresa no sentido de haver uma menor descarga de poluentes no rio e também de tornar adequados os coeficientes de qualidade desses efluentes”, disse.
O porta-voz da proTEJO adiantou que já pediram ao Ministério do Ambiente a nova licença emitida à Celtejo, para que a possam analisar e avaliar.
“O que o Governo está a fazer poderá ser suficiente. Agora é necessário que a redução de efluentes a que obrigaram a Celtejo e o estabelecimento de parâmetros de qualidade mais adequados a uma boa qualidade desse efluente rejeitado, sejam os adequados a manter o bom estado das massas de água”, sustentou.
Paulo Constantino sublinhou, ainda, que vão continuar atentos e vigilantes face ao que se passa no Tejo e prometeu alertar para todas as situações que afetem as águas do rio. Já sobre o depósito de lamas instalado num terreno junto ao monumento natural Portas de Ródão, disse que foi uma decisão com a qual o movimento não concordou.
“Foi uma decisão do Ministério do Ambiente com a qual não concordámos. Chegámos a propor ao ministro, antes de acontecer e de haver já a remoção de terras, propusemos um método alternativo que não implicava a ocupação do terreno nem as mexidas das terras. Esse método também não foi aceite”, frisou.
*Foto da Lusa