Proteção da orla costeira das ilhas açorianas é “grande desafio” das alterações climáticas
A proteção da orla costeira das ilhas dos Açores é um dos “grandes desafios” provocados pelas alterações climáticas, um fenómeno cada vez “mais evidente”, afirmou hoje o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, conta a Lusa. O líder do executivo açoriano falava na inauguração de proteção da zona costeira da baía do Fanal, em Angra do Heroísmo, que contempla também a criação de espaço de fruição balnear, zona de lazer e um caminho pedestre.
“A proteção e a requalificação da orla costeira das nossas ilhas, de que esta intervenção é um entre variadíssimos exemplos, representam um grande desafio no contexto de alterações climáticas cada vez mais evidente”, declarou Vasco Cordeiro. O presidente do executivo regional referiu que o “desafio” da requalificação das orlas costeiras e das alterações climáticas requer uma “resposta” dos “variados níveis de governação”.
“Ao longo desta legislatura, o Governo Regional investiu e continua a investir na proteção e requalificação da orla costeira das várias ilhas como parte da estratégia da região para adaptação às alterações climáticas e ao processo natural de erosão da nossa costa”, referiu.
A obra na baía do Fanal permite, segundo o presidente do Governo, “proteger a arriba”, mas também “valorizar a relação da cidade de Angra do Heroísmo com o mar”. “Uma intervenção que salvaguarda e protege a orla costeira, e que lhe associa o uso de lazer que valoriza a relação da comunidade urbana com o mar”, realçou.
Vasco Cordeiro referiu que a requalificação da orla costeira das ilhas açorianas “acabou por ganhar outra prioridade” e “outra premência” devido à passagem do furacão Lorenzo pelo arquipélago, em outubro de 2019. Segundo o líder do executivo açoriano, devido ao furacão foram identificadas mais de “meia centena de situações” em orlas costeiras e portos de pescas.
Além destas, o presidente do Governo Regional destacou outros “investimentos que se realizaram em circunstâncias normais”, como o caso da obra de proteção costeira da fajã de São João, na ilha de São Jorge, orçada em 270 mil euros.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses, destacou a evolução daquele espaço que chegou a ser “central no acesso da cidade ao mar”, tendo depois ficado “inacessível” e ao “abandono”. O autarca referiu que a cidade fica “extremamente valorizada” com a intervenção, quer devido à proteção costeira, mas também ao nível de “outras valências”, como “lazer”, a “visitação”, a “atividade física” e o “conhecimento”.