Na passada sexta-feira, dia 17 de maio, a Câmara Municipal de Loulé, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, promoveu uma sessão Informativa sobre a vespa velutina, que teve lugar nas Instalações do Convento Espirito Santo, em Loulé. Esta iniciativa foi ministrada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Montemor-o-Velho, que concedeu através das suas valências a “monotorização e desenvolvimento de práticas inovadoras”, com recurso a tecnologia própria e de forma inovadora, de combate desta espécie, que tem permitido “eliminar com eficácia os ninhos, minimizando o impacto desta praga”, lê-se no comunicado.
A Câmara Municipal de Loulé considera que este “não é um problema só da região norte e centro do País, pois segundo os especialistas esta “praga” poderá chegar ao Sul em breve”. Deste modo, as entidades e população em geral devem estar “sensibilizados e preparados para enfrentar mais este desafio transversal, tendo em conta os efeitos nefastos em vários setores económicos”.
Nesta sessão informativa participaram cerca de 120 pessoas, desde bombeiros, sapadores florestais, técnicos dos Serviços Municipais de Proteção Civil do distrito de Faro, Guarda Nacional Republicana, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Associação de Municípios do Algarve, técnicos da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, apicultores da região e público em geral.
A vespa velutina é uma espécie predadora da abelha, encontrando-se, por enquanto, aparentemente circunscrita a concelhos do centro e norte do País, é proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia. A sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011, e em Itália em finais de 2012. Na época da primavera constroem ninhos de grandes dimensões, distingue-se da espécie europeia vespa crabro pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática). Os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar: na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas e na saúde pública, embora não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.