O presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), Pedro Amaral Jorge, indica que o adiamento dos leilões de energia solar em Portugal deste ano, à imagem do realizado em julho de 2019, não trará impacto nos investimentos que estavam em curso decorrentes do primeiro solar. O responsável acredita que os projetos que estavam numa fase mais avançada – com acordos de construção e de financiamento fechados – não estarão em risco, indicou ao Negócios.
No entanto, Pedro Amaral Jorge indica que “os restantes projetos, em que tal não se verifica, enfrentarão provavelmente dificuldades acrescidas, pois a liquidez do mercado financeiro pode reduzir-se abruptamente e as cadeias de valor serão obrigatoriamente afetadas”. Sendo assim, o responsável espera “que a tutela seja sensível a estas situações e estabeleça prazos que se coadunem com a atual situação económica”.
Relativamente ao adiamento do leilão de energia solar, Pedro Amaral Jorge indica que: “neste momento, a decisão relativamente aos leilões não podia ser outra, No contexto atual acarretaria inúmeras incertezas nas variáveis relevantes para o valor da tarifa de produção de eletricidade”.