Praias fluviais com menos gente, atividades de recreio náutico canceladas, ou festivais de gastronomia local com peixes vindos de outras paragens. Estas são algumas das consequências da poluição do Tejo, ao nível do lazer e do turismo.
“Há uma enorme qualidade no conjunto turístico da região do Médio Tejo e infraestruturas que ajudaram a criar empresas. Com a poluição, há um prejuízo objetivo associado à paisagem em que a água é o elemento fundamental. Se esta não é de qualidade, a empresa e os empresários saem prejudicados, porque o rio deixa de ser um aliado”, explica Pedro Machado, presidente da Região de Turismo do Centro.
De acordo com o Jornal de Notícias, as contínuas denúncias de autarcas, políticos e movimentos cívicos de descargas poluentes no Tejo, que deixaram o rio com uma cor escura e coberto de espuma, já estão a ter reflexos. “A autoridade de turismo quer trabalhar a marca Tejo, mas não podemos oferecer um produto quando temos estas descargas contínuas”, observa Carla Graça, da associação Zero.