A Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) tem promovido e apoiado vários projetos inovadores, que incluem o recurso a novas tecnologias na gestão do regadio e albufeiras.
O órgão destacou como exemplo o projeto do Grupo Operacional Regadio de Precisão,a DGADR destaca o projeto do Grupo Operacional Regadio de Precisão, criado no âmbito da Parceria Europeia de Inovação para a Produtividade e Sustentabilidade Agrícolas (PEI AGRI), financiado pelo PDR 2020, que desenvolveu um sistema integrado de agricultura de precisão, permitindo a “recolha de dados de cada parcela”, nomeadamente no que diz respeito à “aplicação da água e aos fatores de produção de forma diferenciada (correções de solos, fertilização, entre outros)”.
Designado por Pack VRI, este sistema integra tecnologia inovadora de monitorização, com recurso a sondas de humidade do solo, estações meteorológicas, mapas de condutividade elétrica, entre outros.
De acordo com a DGADR, a aplicação desta tecnologia possibilitou uma produção mais homogénea ao longo das campanhas, potenciando o aumento da produção nas zonas mais problemáticas e uma maior eficiência na aplicação dos recursos hídricos.
No atual contexto de incerteza associada à variabilidade do regime pluviométrico em Portugal, outros projetos têm surgido com o intuito de permitir o aumento da eficiência da gestão dos recursos hídricos, em particular, durante os períodos de escassez, como, por exemplo, o OMEGA – Otimização da Gestão de Albufeiras.
O OMEGA é um projeto do Grupo Operacional que consiste numa !plataforma de apoio à gestão da água armazenada nas albufeiras hidroagrícolas e que disponibiliza, em tempo real, a informação gerada por modelos hidrológicos e meteorológicos de alta resolução!, permitindo “aumentar a capacidade de previsão dos caudais afluentes, as disponibilidades hídricas e a qualidade do recurso armazenado”, lê-se num comunicado, divulgado pela DGADR
Por último, destaca-se o Sistema de Apoio à Gestão de Regadio e de Informação Agrícola (SAGRIA), projeto em desenvolvimento pela DGADR que visa disponibilizar acesso à informação atualizada relativa aos aproveitamentos hidroagrícolas (por exemplo, ocupação cultural, consumos de água, informação económico-financeira, informação sobre cadastro, segurança de barragens).
Ao longo do ano de 2023, o projeto disponibilizará uma ferramenta que, através da recolha e tratamento da informação das associações de regantes e beneficiários, entre outros, contribuirá para a “melhoria da gestão da água e para o aumento da eficiência hídrica e energética nos aproveitamentos hidroagrícolas portugueses, incluindo os de fins múltiplos”.
Este sistema permitirá ainda “avaliar a aptidão para as diferentes culturas agrícolas”, “apoiar e caracterizar o ordenamento do território nas áreas abrangidas por essas infraestruturas (perímetros de rega)”, “efetuar a avaliação global do funcionamento das infraestruturas hidroagrícolas” e “identificar os pontos críticos, com vista à sua correção e melhoria”, remata a DGADR.