O projeto APEX (Combate à Poluição em Atmosferas Explosivas) surgiu como uma resposta concreta a um problema grave existente no setor naval: “a falta de embarcações adequadas e devidamente preparadas para a execução de trabalhos em cenários de alto risco”.
O objetivo do projeto APEX consistiu assim em “criar para o mercado” a “primeira embarcação a nível mundial” capaz de “atuar de forma eficiente e completamente segura no combate à poluição em diversos cenários de risco extremo”, pode ler-se no comunicado de um dos coordenadores do projeto, o PIEP (Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros), da Universidade do Minho.
No final de execução do projeto foi possível “disponibilizar ao mercado nacional e internacional”, a “primeira embarcação com certificação ATEX – produtos certificados para operar em atmosferas explosivas”. Com uma visão holística, a embarcação, com 9 metros de comprimento, foi o resultado de um trabalho profundo ao nível de vários subsistemas: “compartimentos pressurizados; sistema de propulsão; ferramentas de monitorização de ruído e vibração; e estrutura em materiais compósitos avançados”, refere o comunicado.
Equipada com a “melhor tecnologia” e com “uma resistência estrutural excecional”, a embarcação garante que “os níveis de exposição dos tripulantes aos diversos agentes físicos e químicos se encontram dentro dos limites do que é internacionalmente recomendado para a realização de trabalhos em ambientes explosivos (certificação ATEX)”, assegura o Pólo.
Para além do PIEP, o projeto APEX contou com a colaboração da SWB (Seismic Workboats Lda), da AMY (Antartic Module Yard SA) e da DBWAVE.I (Acoustic Engineering SA), iniciado em 2016, e financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e FEDER.