Lançado em abril de 2021, o projeto pioneiro de recolha de orgânicos do Porto, acaba de alcançar as mil toneladas recolhidas, anuncia a empresa municipal, num comunicado.
O projeto é fruto do envolvimento de 26500 famílias que contam, para o efeito, com mais de 400 contentores de proximidade. As recolhas ultrapassam as 100 toneladas por mês, refere a Porto Ambiente.
A expansão deste projeto, que se prevê que abranja praticamente toda a cidade até ao final de 2023 e engloba já este ano o alargamento da rede de contentores para cerca de 650, tem constituído um “forte estímulo à recolha seletiva de resíduos”, contribuindo para o “crescimento progressivo da taxa de reciclagem que, em 2021, foi de 39,26%, superando a meta de 31%, com os portuenses a enviar menos dois mil toneladas de resíduos para o indiferenciado”, refere o mesmo comunicado.
A estratégia seguida para a gestão destes resíduos assenta, prioritariamente, na redução e no combate ao desperdício alimentar, através de iniciativas com vista à redução de excedentes como “Dose certa”, ou do “Embrulha”, com a disponibilização gratuita de embalagens biodegradáveis aos restaurantes, possibilitando aos clientes levar as sobras das suas refeições para casa.
Por outro lado, o Município do Porto aposta também em soluções de tratamento local de biorresíduos, tais como a compostagem caseira (tendo sido entregues mais de 2 mil compositores) e comunitária, com evidentes vantagens de redução de custos e de impactos ambientais associados a soluções de tratamento centralizado.
Desde o verão de 2021, existem duas unidades em agrupamentos habitacionais (junto ao Parque Infantil do Amial e na Praça do Cávado, em Paranhos), e que envolvem já mais de 120 famílias, apoiadas por técnicos da Lipor, no processo de compostagem aplicado para obtenção de composto orgânico 100% natural, que pode ser aplicado nas suas hortas/ casas.
Para a empresa municipal, a expansão da recolha seletiva de biorresíduos é, e continuará a ser, uma aposta fulcral para a promoção da economia circular e para alcançar a meta da neutralidade carbónica na cidade, em linha com os desafios do Pacto do Porto para o Clima, que a empresa municipal recentemente subscreveu.
No mesmo comunicado, a Porto Ambiente recorda que a recolha seletiva de orgânicos no Porto teve início há mais de uma década, em 2006, no setor não doméstico – em restaurantes, hotéis, cantinas e supermercados com resultados muito positivos. Atualmente, este sistema conta com mais de 1200 aderentes.
Já em 2018, foi implementada a recolha seletiva porta a porta numa área da cidade constituída por habitações unifamiliares, com recolha de papel, vidro, embalagens/metal e também de resíduos orgânicos. São já praticamente 2 mil famílias aderentes, com um total de 800 t/ano de recolha seletiva.
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