A Soladrilho, empresa de cerâmica no Entroncamento, já usufrui de autoconsumo solar, uma solução que torna a fábrica mais independente do consumo da rede elétrica e, em paralelo, evitar a emissão de 373 toneladas de CO2 por ano. Este projeto foi promovido e desenvolvido pela Helexia, que englobou o investimento de aproximadamente 800 mil euros, que a par da central fotovoltaica permitiu remoção de 11.200 m2 de coberturas de fibrocimento, material que contém amianto, e a sua substituição por coberturas em painel sandwich.
Para Luís Pinho, country director da Helexia Portugal, “esta parceria representa mais uma contribuição da Helexia à Transição Energética, económica e ecológica de um setor produtivo e exportador Nacional”.
Segundo uma nota divulgada pela Helexia, a central fotovoltaica tem uma potência de 537 kWp e uma produção anual estimada de 829 MWh e vai permitir à Soladrilho reduzir a fatura energética, contribuindo para uma maior competitividade nos custos de operação. A Soladrilho tem volume de negócio de cerca de 7,9 milhões de euros, exportando cerca de 85% da sua produção para mercados como França, Espanha, China, Rússia e Estados Unidos.
“O consumo de energia representa cerca de 30% na estrutura de custos, sendo que a Soladrilho já possui uma unidade de cogeração alimentada a gás natural, cuja eletricidade é vendida à rede, com aproveitamento do calor no processo produtivo”, acrescenta Luís Pinho.
O setor da cerâmica em Portugal é eminentemente exportador e para se ser competitivo e manter a boa performance do volume de negócios neste mercado global, obriga a uma gestão minuciosa de vários fatores. Sendo um forte consumidor de energia, representando o gás e a eletricidade uma fatia muito importante do custo industrial. A instalação da central fotovoltaica na Soladrilho contribui para uma redução dos custos com a eletricidade e o reforço da imagem corporativa sustentável da empresa.