Projeto CIUS quer dotar município de Penela com mais conhecimento sobre espécies de ungulados
O município de Penela tem vindo a desenvolver, na Serra da Lousã, um projeto de conservação e valorização da biodiversidade, que promete gerar maior conhecimento especializado sobre espécies como o javali, veado e corço (os chamados Ungulados Silvestres), assim como apresentar uma série de atividades de valorização territorial inovadoras, abertas ao público em geral.
O projeto CIUS (Centro de Inovação de Ungulados Silvestres) integra assim a construção de dois cercados, com o objetivo de “possibilitar a reprodução dos animais” e, em parceria com a Universidade de Aveiro, “estudar e monitorizar”, melhorando o conhecimento até então adquirido. Será também possível realizar visitas guiadas, o que possibilitará um “contacto próximo com estas espécies no seu habitat natural”, explica uma nota divulgada à imprensa.
O projeto CIUS pretende ainda oferecer as condições para a realização de uma tipologia inovadora e disruptiva de caça – A Caça Sem Morte – que irá permitir ao participante “caçar”, num registo fotográfico, sem causar quaisquer danos aos animais. A ideia é que haja uma caça fotográfica na qual o prémio será uma impressão em 3D do troféu do animal “caçado”, lê-se na nota.
Segundo Carlos Fonseca, professor Convidado no Departamento de Biologia na Universidade de Aveiro (DBIO-UA), atualmente diretor científico e tecnológico do CoLAB ForestWISE, e um dos maiores impulsionadores do projeto, juntamente com a Câmara Municipal de Penela: “o recente financiamento do projeto deveu-se muito à persistência e resiliência do Sr. Presidente da Câmara de Penela, Dr. Luís Matias, que acreditou desde o 1º momento que este projeto era diferenciador e que poderia trazer valor acrescentado à região, nomeadamente à Serra da Lousã.”
A ideia do CIUS surgiu há mais de 10 anos com o intuito de implementar uma infraestrutura na região de Penela que servisse de Centro de Investigação e Valorização de espécies de ungulados que habitam na Serra da Lousã. O projeto foi desenvolvido graças ao apoio das seguintes entidades parceiras: Câmara Municipal de Penela, Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (DBIO-UA), Assembleia de Compartes do Espinhal, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e Instituto Pedro Nunes (IPN). Recentemente recebeu financiamento através do Programa Valorizar do Turismo de Portugal, o que impulsionou o avanço do projeto. Atualmente encontra-se em fase de estruturação, já com os dois cercados construídos.