Projeto Better Plastics traz novos produtos sustentáveis ao mercado
O projeto Better Plastics é promovido pela APIP (Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos) e pretende impulsionar a economia circular no setor dos plásticos, envolvendo já 52 empresas e um investimento de 6,3 milhões de euros.
Entre outros produtos foram criados sacos biocompostáveis para embalar frutas e legumes que ganham nova vida ao serem reutilizados para acondicionar biorresíduos, garrafas reutilizáveis com 50% de material reciclado, embalagens para a indústria médico-farmacêutica e componentes para o sector rodoviário e automóvel, com incorporação de materiais reciclados e recicláveis no seu fim de vida. No total, foram desenvolvidos 19 materiais, 20 produtos e tecnologias inovadoras.
Os resultados foram apresentados esta quarta-feira, 21 de junho, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, sessão que contou com a presença do presidente do Compete 2020, Nuno Mangas, que referiu que “é com entusiasmo que participamos neste projeto, que tem uma forte tipologia agregadora de vontades, instituições e conhecimento, ao serviço de uma indústria que se pretende ser cada vez mais competitiva, mas sustentável a nível económico, social e ambiental”.
Já para Amado Reis, presidente da APIP, “a reputação associada ao setor dos plásticos nem sempre é positiva. O projeto Better Plastics pretende arranjar respostas, desenvolver materiais e tecnologias, de forma a dar uma nova vida aos produtos e voltar a incluí-los na cadeia de valor”.
Por sua vez, o coordenador científico do projeto, Bruno Pereira da Silva, refere: “gostaria de realçar o papel da indústria que sempre encarou o “estigma” associado ao plástico por parte da sociedade, não como um problema mas sim como uma oportunidade de melhorar processos, e de desenvolver novos produtos mais sustentáveis, reutilizáveis e recicláveis, contribuindo desde logo para que se no fim de vida os plásticos forem reencaminhados pela sociedade para os locais corretos, estes deixem de ser um resíduo e passem a ser uma matéria prima para a produção de novos produtos, numa clara abordagem à economia circular e à simbiose industrial”.