A Associação Portuguesa de Produtores de Bioenergia (AAPB) considera que a credibilidade da criação de um mercado nacional para a produção de biometano dependerá da eficácia do sistema de garantias de origem.
O alerta da AAPB – que considera indispensável que o Estado comprometa uma data para a entrada em vigor do referido sistema, permitindo assim a segurança para os investidores – surge na sequência da apresentação, pelo Governo, do Plano de Ação para o Biometano 2024-2040 (PAB) e que pretende substituir cerca de 10% do consumo de gás natural por biometano, um valor que pode chegar aos 18,6% em 2040.
De acordo com Paulo Carmona, presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Bioenergia, a associação “irá enviar os seus contributos no âmbito da consulta pública do Plano de Ação para o Biometano que agora se iniciou. Este Plano de Ação é fundamental na medida em que induz ações convergentes para a criação do mercado do biometano por parte dos diferentes atores desta cadeia de valor. É necessária uma concertação e um entendimento céleres entre as áreas da agricultura, do ambiente e da energia, que permita o máximo de aproveitamento da matéria orgânica apta para o fabrico de biometano”.
Entre os contributos da APPB constará também uma chamada de atenção para a necessidade de apoiar a construção de novas unidades de digestão anaeróbica, ou seja, de fabrico de biogás, para assegurar o aumento da produção e o aproveitamento do potencial a nível nacional.
Atualmente, integram a APPB as empresas Biovegetal – Combustíveis Biológicos e Vegetais, S.A.; Enerfuel S.A.; Fábrica Torrejana S.A.; Prio Biocombustíveis S.A. e Sovena Oilseeds Portugal, S.A.