A capacidade instalada da EDP aumentou 5% nos últimos 12 meses para 25,9 gigawatts (GW), enquanto a produção total baixou 9% em igual período, segundo os dados operacionais previsionais divulgados ontem pela companhia energética, noticia a agência Lusa.
A queda ao nível da produção total resultou, segundo a EDP, dos “menores recursos hídricos na Península Ibérica”, com os volumes hídricos em Portugal a ficarem 36% abaixo da média nos primeiros três meses do ano, quando no primeiro trimestre de 2016 tinham ficado 45% acima da média.
Paralelamente, houve uma “maior produção eólica resultante da capacidade”, assinalou a EDP, revelando que a produção hídrica e eólica representou 63% da produção total no primeiro trimestre deste ano face a 76% em igual período do ano passado.
Ao nível da distribuição de eletricidade e gás na Península Ibérica, houve um aumento de 0,4% no primeiro trimestre de 2017, enquanto no gás distribuído houve uma subida homóloga de 14%, “reflexo de um aumento de 17% do gás distribuído em Espanha, fruto de um aumento dos volumes tanto nos clientes industriais, no norte de Espanha, como nos clientes residenciais em resultado das baixas temperaturas durante o primeiro trimestre do ano face a igual período de 2016”.
Na EDP Brasil, houve um crescimento de 0,2% da eletricidade distribuída resultante “da menor procura do setor industrial (-10%)”, que foi “mais que mitigado pelo aumento na procura em mercado livre (20%)”.
A produção de eletricidade caiu 19% face ao período homólogo, devido à diminuição da produção hídrica e térmica.
Quanto à EDP Renováveis, a produção eólica cresceu 2% nos primeiros três meses do ano devido a um aumento na capacidade instalada, “mitigando os menores recursos eólicos face ao período homólogo”, sublinhou a EDP (que controla a maioria do capital da EDP Renováveis, sobre quem lançou recentemente uma oferta pública de aquisição [OPA] para ficar com a totalidade do capital).
Ao nível da comercialização de eletricidade e gás no mercado ibérico houve uma diminuição homóloga de 5% entre o primeiro trimestre deste ano e o de 2016, que é explicada em grande parte pela queda de 15% dos volumes em Espanha, especialmente no setor industrial.
“A nossa carteira de comercialização em Portugal ficou perto dos 4,1 milhões de clientes em março de 2017 e os volumes fornecidos cresceram 7% decorrente do processo de liberalização do mercado em curso”, informou a EDP.
Por seu turno, no negócio do gás, o volume comercializado recuou 19% no primeiro trimestre de 2017, refletindo uma redução dos volumes no mercado grossista.