A produção renovável de eletricidade abasteceu menos de metade do consumo nacional, penalizada pela continuação de condições negativas à produção hídrica, devido à seca, e compensada por uma produção eólica acima da média, noticia a agência Lusa.
De acordo com dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, em janeiro as condições hidrológicas permaneceram muito negativas, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 0,40 (média histórica é 1).
Pelo contrário, na produção eólica registaram-se condições mais favoráveis, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 1,07 (média histórica igual a 1).
O conjunto da produção renovável abasteceu 46% do consumo de eletricidade (incluindo saldo exportador), com as hidroelétricas a representarem 12% do consumo, as eólicas 28%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 1%, enquanto a produção não renovável abasteceu os restantes 54% com o gás natural a representar 32% e o carvão 22%.
O saldo de trocas com o estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a 0,6% do consumo nacional.
O consumo de energia elétrica recuou 0,6% em janeiro, face ao mês homólogo do ano anterior, penalizado pelas temperaturas acima dos valores normais para este mês, ao contrário do que se tinha verificado no ano anterior.
Mas, corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis, o consumo regista uma evolução positiva de 1,2%, de acordo com dados da REN.
Já no mercado de gás natural, registou-se em janeiro uma quebra homóloga de 1,4%, apesar de um aumento de 5,6% no segmento do mercado elétrico, isto é, a utilização das centrais elétricas a gás natural.
Mas, no segmento convencional registou-se uma redução no consumo de gás natural de 5,2%.