A produção de mel este ano no país vai ser “metade” da conseguida em 2015. O presidente da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal, Manuel Gonçalves, adianta que “este é o valor médio” pois varia entre “um ano normal” em regiões do Sul e “quebras de até 75%” no interior Norte, explica o Jornal de Notícias.
A culpa foi “das condições atípicas da primavera”, cujas baixas temperaturas e excesso de chuva impediram as abelhas de ir recolher néctar, provocando também uma mortandade nas colmeias superior a 30%, devido à fome.
De acordo com o responsável, na região transmontana, sempre que as primaveras são mais frescas a produção é geralmente “compensada no verão com a floração dos castanheiros e dos carvalhos”. Mas este ano nem isso foi bom por causa das “temperaturas altas”. “Há quem tenha perdas de 60% ou 70%”.
Alberto Dias, presidente da Associações dos Apicultores de Entre-Minho e Lima, que representa 180 apicultores do distrito de Viana do Castelo, adianta que “as perdas devem rondar os 60%”.
No Algarve e no interior alentejano “o ano foi normal”, de acordo com Manuel Gonçalves, enquanto na zona litoral do Alentejo a quebra deverá rondar os 30% a 40%.