A produção de eletricidade da EDP caiu 11% no primeiro semestre para 33.816 gigawatts hora (GWh) face ao período homólogo “devido à forte redução da produção hídrica”, foi comunicado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A produção hídrica baixou 43% no primeiro semestre face ao mesmo período do ano passado, revela o documento.
Segundo a EDP, na Península Ibérica a “produção hídrica caiu 50%, devido à hidraulicidade em Portugal 44% abaixo da média no primeiro semestre de 2019, face aos elevados recursos hídricos no segundo trimestre de 2018”, lê-se no site da Lusa. Em contrapartida, a produção eólica aumentou 4% beneficiando da subida de 6% da capacidade instalada, mas penalizada por recursos eólicos 4% abaixo da média no primeiro semestre de 2019 (1% abaixo da média no segundo trimestre de 2019). Em termos gerais, a capacidade instalada do grupo liderado por António Mexia aumentou 2% nos últimos 12 meses para 27,3 GW, dos quais 74% de fontes renováveis. “Toda a nova capacidade instalada nos últimos 12 meses corresponde a parques eólicos”, lê-se no comunicado.
Na atividade de comercialização de energia na Península Ibérica, o número de clientes de gás aumentou 0,9% para 1,554 milhões, enquanto o número de clientes de eletricidade baixou em 0,3% para 5,3 milhões, refletindo um crescimento das ofertas duais (eletricidade e gás).
A EDP adianta que o volume de eletricidade distribuída no Brasil aumentou 3,8%, suportado pela melhoria do contexto económico, temperaturas acima da média e baixa procura no período homólogo. Em Portugal, o volume de eletricidade distribuído caiu 2%, penalizado por temperaturas amenas, acima da média histórica no primeiro semestre. Por sua vez, em Espanha, a redução de 10,9% do volume distribuído está relacionado com uma drástica redução por parte de um grande consumidor industrial, diz a EDP.