A remoção dos resíduos sólidos urbanos, a recolha seletiva de materiais recicláveis e a manutenção da higiene e limpeza do espaço público é a grande missão da MAIAMBIENTE. Esta é uma missão que a empresa de natureza municipal tem bem assente numa cultura de respeito e compromisso para com os cidadãos, na valorização e capacitação contínua dos colaboradores e num permanente investimento ao nível das tecnologias mais inovadoras e ambientalmente mais sustentáveis. Nesta conversa com Marta Peneda, Presidente do Conselho de Administração da MAIAMBIENTE, ficamos a conhecer qual tem sido a atuação da empresa em prol de um Concelho – Maia – mais sustentável.
Como carateriza a evolução da atividade da Maiambiente?
“Embora o foco tenha sido sempre a prestação de um serviço de excelência, assente no rigor e na transparência, a verdade é que, volvidos 20 anos, facilmente se percebe que houve toda uma evolução na prestação do serviço, desde logo, na passagem de uma recolha geral e indiferenciada, para uma recolha seletiva porta-a-porta universal, que alavancou de forma muito significativa a reciclagem, recuperação e reutilização de diferentes materiais, como o vidro, o papel e o cartão e as embalagens, segregando os restos indiferenciados. Temos vindo a registar um incremento nos vários indicadores, facto que indicia uma gestão atenta que procura incorporar a inovação tecnológica na nossa atividade e capacitar os nossos colaboradores por forma a termos melhorias, não só ao nível dos impactos ambientais, mas também nos resultados operacionais da empresa. Ao nível da limpeza urbana procuramos seguir as melhores tendências, mesmo na ausência de soluções tão e capazes como aquelas que usávamos há 20 anos, mas certamente mais sustentáveis, como o recurso a monda mecânica e produtos de base mais natural, no controlo e gestão das infestantes, no espaço público. Acresce que, ao longo de duas décadas, a política de tratamento e gestão de resíduos sofreu grandes alterações, em Portugal, e não só. Aquilo que procuramos foi estar sempre na vanguarda daquelas que são consideradas as melhores práticas do setor, alinhadas por um novo paradigma mais sustentável e uma economia mais “verde” que assegure o desenvolvimento económico, a melhoria da qualidade de vida e a regeneração do capital natural do concelho da Maia”.
Quais são os marcos diferenciadores da Maiambiente?
“Os marcos que diferenciam a MAIAMBIENTE resultam de uma estratégia muito consolidada, assente na estabilidade de um quadro técnico e político que incrementam positivamente a sua atuação e reputação, associada a um exemplar comportamento dos cidadãos maiatos que, não me canso de dizer, sempre revelaram um elevado nível de cidadania e consciência ambiental. Estão espelhados, entre outros, nas seguintes distinções: Best Practices at Public sector 2006, Diário Econ mico, Delloite, Menção Honrosa; Water and Waste Service Qualit Awards 2011, EPSAR, Vencedor; Green Apple Awards 2012, Bronze, Green Apple organization; Green Apple Awards 2013, Menção Honrosa, Green Apple Organization, Apa, Quercus; Prémio Nacional de Sustentabilidade 2021, categoria Economia Circular, Menção Honrosa com o projeto Ecoponto em Casa; Prémio Nacional de Sustentabilidade 2020, categoria Economia Circular, Menção Honrosa com a campanha Recicle Mais, Pague Menos. Todos estes prémios distinguem as boas práticas, a qualidade do serviço que prestamos aos cidadãos, a nossa responsabilidade eco- n mica, social e ambiental e a diversificação da oferta, apostando, cada vez mais, na especialização para dar resposta a necessidades específicas”.
Que projetos e atividades vos referenciam neste setor?
“Foi o município da Maia que introduziu o conceito de Ecocentro em Portugal, sendo o único com 5 instalações, oi quem teve o primeiro Eco-conselheiro do País; quem iniciou, em 1998, a Recolha Seletiva Porta-à-Porta de resíduos e até quem ousou aceitar a construção da Central de Valorização Energética da Lipor. Foi a MAIAMBIENTE quem universalizou a Recolha Seletiva Porta-à-Porta, que há mui- to cobre todo o território, todas as tipologias de cliente e múltiplas frações de resíduos, do Papel ao vidro, das Embalagens ao Óleo Alimentar Usados, dos Resíduos de Jardim, aos Pequenos Resíduos Perigosos, entre muitos outros projetos que potenciam novos ciclos de vida para resíduos dotados de valor económico. Mais recentemente, com o projeto “Recicle Mais, Pague Menos” voltamos a inovar, sendo a Maia o primeiro município do país a introduzir aquele que é, reconhecidamente, o modelo tarifário mais justo no sistema de gestão de resíduos (PAYT). Pela primeira vez, o valor da tarifa é dissociado do consumo de água, e passa a ser indexado à real produção de resíduos indiferenciado, assim premiando a responsabilidade ambiental e o compromisso dos maiatos para com a reciclagem, através da separação dos resíduos domésticos”.
Este artigo foi publicado na edição 93 da Ambiente Magazine