A procura nos transportes coletivos urbanos supera em cerca de 600 mil passageiros a registada no período anterior à pandemia, segundo os dados divulgados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
De janeiro a junho de 2023, os dados sobre a procura nos transportes coletivos urbanos confirmam a tendência de recuperação do número de passageiros registada ao longo do último ano. Face ao período homólogo de 2022, a procura no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Transtejo/Soflusa, aumentou 29%. Num comunicado, o Governo relembra que os dados são provisórios e podem ainda ser revistos.
Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura no Metropolitano de Lisboa ainda está 5% abaixo da verificada em 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia de Covid-19. No caso da Metro do Porto, o número de passageiros verificado nos seis primeiros meses de 2023 supera em 15% a procura registada em 2019 e na Transtejo/Soflusa a procura é 1% superior à registada no mesmo período de 2019, lê-se no comunicado.
No quadriénio 2019-2022, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos.
Na Lei do Orçamento do Estado de 2023 ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros, para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia. O PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022.