A Colt Technology Services acaba de divulgar as conclusões do seu mais recente estudo, que revela o papel emergente dos fornecedores de rede como especialistas de confiança nos temas da sustentabilidade. O estudo também sublinha a crescente influência das referências de ESG nas decisões comerciais.
22% dos CIOS das 1.500 empresas inquiridas para este estudo disseram que procuram orientação junto dos seus fornecedores de rede sobre a reutilização e a reciclagem de hardware. Uma percentagem que sobe para os 38% no Luxemburgo. Por outro lado, mais de um em cada cinco (21%) dos CIOs inquiridos revelou que procura informações sobre a forma como a IA pode afetar os seus objetivos de sustentabilidade; já um em cada cinco (20%) está à procura de apoio para identificar as melhores práticas de sustentabilidade. Finalmente, também 20% dos inquiridos disse que está interessado em poder ter orientações sobre o que fazer quanto à conformidade com as metas de Scope3.
O estudo descreve igualmente as expectativas geradas em torno das referências/certificações de ESG dos fornecedores e estabelece o quão influentes são estes fatores nas decisões de compra dos CIOs. Quando chamados a avaliarem o peso da influência das diferentes medidas ESG nas suas decisões de compra, quase 7 em cada 10 (69%) dos CIOs inquiridos, afirmaram que o acesso a dados dos relatórios sobre as emissões de Scope3 constituem o fator mais importante. Por seu turno, 68% dos CIOs inquiridos – 85% em Hong Kong – sublinharam a importância de iniciativas robustas nas áreas da Diversidade, Equidade e Inclusão (DE e I), com 31% a afirmarem que estes aspetos são críticos.
As metas de redução das emissões de carbono baseadas em dados científicos dos fornecedores são outro dos aspetos que influencia as decisões segundo 68% dos inquiridos, enquanto que quase 1 em cada 3 (30%) considera que para os fornecedores é crítico oferecerem serviços que ajudem os compradores a reduzir o seu próprio nível de impacto ambiental. Para 65% dos inquiridos pesa igualmente nas suas decisões de compra o facto do fornecedor possuir “uma ampla estratégia de sustentabilidade a nível empresarial”.
Quando questionados sobre que ações tomariam no caso de os valores ESG dos seus atuais fornecedores não estarem de acordo com os seus, 62% dos inquiridos afirmaram que lhes sugeririam uma revisão das metas para se alinharem, enquanto 16% optariam por abandonar o fornecedor em questão.
Buddy Bayer, Chief Operating Officer da Colt Technology Services, referiu a este propósito: “como indústria, trabalhamos arduamente para compreender, medir e minimizar o nosso impacto ambiental, não só porque é a coisa certa a fazer, mas porque a alternativa é para nós inimaginável. Se quisermos realmente fazer a diferença, temos de nos unir na partilha das melhores práticas e conselhos, e devemos responsabilizarmo-nos mutuamente pelo nosso progresso na área do ESG”,
Estes dados baseiam-se em conclusões anteriores que foram obtidas antes deste estudo, e que já tinham adiantado que o mais provável é que a partir de agora as estratégias de sustentabilidade das empresas fiquem sob a alçada dos CIOs, com mais de 7 em cada 10 a serem total ou parcialmente responsáveis por elas.
20% dos 1.500 CIOs inquiridos querem informações dos fornecedores sobre a otimização geográfica – por exemplo, como selecionar um centro de dados que recorra a geração renovável no local; 20% dos CIOS procura aconselhamento junto dos fornecedores de rede sobre a otimização temporal – transferência de cargas de trabalho para horários fora da hora de ponta, por exemplo. Este valor sobe para mais de um em cada quatro (26%) na Alemanha e em Hong Kong.
Já 19% dos CIOS estão à procura de orientação dos fornecedores de rede sobre a comunicação das emissões de carbono. Uma percentagem que aumenta para 26% no Reino Unido e 25% para Hong Kong, mas que desce para os 11% em França; e 18% dos CIOS procuram o apoio dos fornecedores de rede para serviços de rede flexíveis e baseados no consumo e 19% sobre as melhores práticas em matéria de impacto ambiental (28% na Bélgica).
Ao escolherem um fornecedor de rede, 67% dos CIOS procuram uma empresa que possua um quadro de governação sólido e a mesma percentagem uma empresa com uma política social inclusiva; e para 66 % dos inquiridos, serviços de rede baseados no consumo e com modelo «pay as you go» são importantes para as empresas reduzirem as suas emissões de carbono e o consumo de energia.