A Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) quer encurtar os ciclos para a primeira extração de cortiça dos sobreiros dos habituais 25 anos para oito a dez anos com a aplicação de novas técnicas de fertilização e irrigação avançou hoje a agência Lusa.
Quando se assinala o 5.º aniversário do sobreiro enquanto árvore nacional de Portugal, a APCOR espera que nos próximos cinco anos se comecem a antever os primeiros resultados das novas técnicas, com o objetivo de reduzir os ciclos de produção nacional e assim aumentar o investimento nesta espécie.
A intenção é que a primeira extração de cortiça possa acontecer ao fim de um período de oito a dez anos, em vez dos habituais 25 anos.
Em comunicado, a APCOR define como grande desafio do setor para os próximos cinco anos uma mudança do ponto de vista da floresta, onde se espera que haja uma maior proximidade entre indústria e produtores para que, com novas técnicas, haja ciclos de produção mais curtos e mais sobreiros por hectare.
“A separação entre a floresta e a indústria é, cada vez mais, reduzida. Temos vindo a assistir a uma relação contínua e plurianual, com a indústria a intensificar a investigação e a inovação nas práticas florestais”, afirma o presidente da APCOR, João Rui Ferreira.
O sobreiro foi considerado símbolo nacional em 2002, por unanimidade da Assembleia da República, tendo em conta a sua importância económica, social e ambiental. Portugal tem a maior mancha de montado de sobro do mundo, com 23% da área florestal representada por sobreiros, o que contribui para a luta contra a desertificação social e para reforçar a biodiversidade.