Tem apenas dois lugares e três rodas, gasta um euro ou menos para fazer 100 km e tem autonomia para 400 km graças à sua elevada eficiência. É o Veeco, o primeiro veículo elétrico português, cuja produção industrial irá iniciar-se no primeiro trimestre de 2016, avança o Jornal de Notícias.
“Ainda não estamos a aceitar encomendas fixas, porque estamos a negociar encomendas com os fornecedores. mas tenho interessados para todos os que podemos produzir no primeiro ano, cerca de 200”, revela João Oliveira , mentor do projeto.
Desenvolvido em consórcio pela empresa familiar do Entroncamento VE- Veículos Elétricos e o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, o primeiro protótipo custou cerca de 1,5 milhões de euros, dos quais 900 mil financiados por fundos comunitários e está pronto desde o início de 2012.
O custo elevado dos veículos elétricos será, ainda, um dos principais desmotivadores de adesão à tecnologia em Portugal, apesar dos incentivos fiscais e do subsídio a abate que vigora até ao fim do ano. Segundo fonte do Governo, até ao inicio de agosto, apenas 58 portugueses beneficiaram do subsidio de 4500 euros para trocar o veículo convencional por um elétrico ou hibrido. Até maio, venderam-se apenas 187 carros elétricos e 97 mil híbridos. “Ao todo teremos cerca de 1000 veículos deste género em Portugal”, adianta Helena Silva, diretora executiva do CEHA, o cluster da mobilidade.
A EDP tem uma campanha, até ao final do ano, que oferece descontos na conta da luz e do gás e um ano de eletricidade aos clientes que adquiram um veículo elétrico (ou híbrido) a um dos oito parceiros automóveis. O objetivo nacional é ser, a seguir à Índia e à Holanda, o terceiro país com mais quota nos 20 milhões de veículos elétricos e híbridos que deverão circular até 2020, no âmbito do projeto da Agência Internacional de Energia, no qual Portugal participa.