Os primeiros seis meses de 2015 foram os mais quentes dos últimos 85 anos: registaram a média das temperaturas máximas do ar mais elevada desde que há estatísticas meteorológicas em Portugal. Isto significa que, contabilizando apenas as temperaturas mais elevadas, o primeiro semestre deste ano foi o mais quente desde 1931, já que atingiu “o valor médio da temperatura máxima do ar de 20,06 graus”, noticiava hoje o Jornal de Notícias.
Se forem consideradas as temperaturas mínimas e máximas, verifica-se que “o primeiro semestre de 2015 foi muito quente e muito seco”, com a temperatura média do ar (14,13 graus Celsius) a superar em quase um grau a média das últimas décadas, explicou ao Jornal de Notícias a meteorologista Fátima Espírito Santo, do departamento do Clima e Ambiente Atmosférico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Apesar de elevado é apenas o nono valor mais alto desde 1931. No topo figura 1997, ano em que aquele valor atingiu os 14,78 graus Celsius.
Os valores históricos da temperatura não são exclusivos de Portugal. O mês de junho, bem como o primeiro semestre do ano, foram os mais quentes de sempre em todo o Mundo, segundo avançou o jornal The Guardian. O jornal britânico cita Jessica Blunden, investigadora do National Oceanic and Atmospheric Administration (organismo equivalente ao IPMA), que refere que “já quase não há maneira de 2015 não vir a ser o ano mais quente desde que há registos”. De acordo com a cientista, a temperatura média máxima do planeta atingiu 16,33 graus Celsius, mais 0,12 do que o máximo até agora registado.