Primeiro-ministro assiste a ação de fogo controlado junto a aldeia de Montalegre
O primeiro-ministro participou este sábado, dia 12, numa ação de fogo controlo que vai criar uma faixa de proteção na envolvente da aldeia de Medeiros, em Montalegre, uma ação integrada no programa de defesa da floresta contra incêndios, afirma a “Lusa”. Nesta visita ao concelho de Montalegre, no distrito de Vila Real, António Costa fez-se acompanhar pelos ministros do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e da Agricultura, Capoulas Santos. O primeiro-ministro visitou uma área onde decorrem trabalhos apoiados pelo Fundo Florestal Permanente (execução de fogo controlado em rede primária).
O vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira, explicou à agência “Lusa” que iria ser realizada, sábado, uma ação de fogo controlado que visa a criação de uma área de proteção junto à aldeia de Medeiros, de modo a travar a propagação dos incêndios. Em todo o concelho, o município de Montalegre candidatou um total de dois mil hectares ao Plano Nacional de Fogo Controlado, que quer ver executados até ao verão, e apresentou também candidatura à criação de três rebanhos de cabras sapadoras.
Em abril, o secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, disse que a primeira fase do Plano Nacional de Fogo Controlado registou 24 candidaturas com um total de 6.500 hectares, assinalando que “é a primeira vez que o país” tem um plano nacional deste género.
António Costa assistiu ainda à assinatura dos termos de aceitação de 13 brigadas de sapadores florestais (correspondentes a 39 equipas de sapadores florestais), bem como à assinatura dos termos de aceitação dos apoios à criação de faixas de interrupção de combustível (FIC) em áreas prioritárias, um programa dirigido a proprietários privados.
Em Montalegre, foi também feita uma referência aos projetos-piloto das áreas protegidas. Após os incêndios que assolaram o Gerês em 2016, foi criado um plano piloto que está a ser replicado, com as devidas adaptações, em duas áreas protegidas atingidas por fogos em 2017, o Parque Natural do Douro Internacional e o Monumento Natural das Portas de Ródão.
O Governo decidiu ainda levar a efeito uma intervenção de caráter preventivo em três outras áreas que incluem os Parques Naturais do Tejo Internacional e de Montesinho e a Reserva Natural da Serra da Malcata. Com a aprovação destes projetos, pretende-se promover a prevenção estrutural contra incêndios e restaurar áreas florestais relevantes para a conservação da natureza que foram percorridas por incêndios em 2017 e mobilizar equipamentos e meios para a execução das ações no domínio da prevenção, da vigilância e da recuperação de habitats. A estimativa orçamental para a concretização destes projetos é de quatro milhões de euros, a aplicar até 2020.