Foi inaugurada, na passada sexta-feira, a primeira fase dos Passadiços Loulé Litoral. A cerimónia pública, em Ancão, contou com a presença de João Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática.
São 4,85 quilómetros de passadiços. Foram criadas “seis zonas de descanso e reabilitados os espaços adjacentes, a par da remoção de plantas invasoras, da plantação de pinheiros e da construção de paliçadas para proteção dunar”, lê-se uma nota divulgada pelo município de Loulé.
Posteriormente, na segunda fase do projeto, será realizada a ligação à cidade de Quarteira, totalizando 7,8 quilómetros de percurso. Essa é, pois, uma aspiração do município: “O nosso objetivo é poder vir a pé ou de bicicleta da Marina de Vilamoura até ao perímetro externo do Aeroporto de Faro. Esse é o nosso sonho e vamos, com certeza, concretizá-lo”, declarou o presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo.
Com um valor base de cerca de 3.733.000€, esta empreitada permitiu ainda criar um “parque de estacionamento no Ancão, com 427 lugares convencionais e 16 destinados a pessoas com mobilidade reduzida”, bem como “quatro áreas para motociclos”, o que se reveste de especial importância para os veraneantes que frequentam esta zona balnear, precisa o comunicado.
Desde que foi criado, este equipamento tem atraído muitos visitantes, sobretudo aos fins de semana, constituindo desde já um importante espaço de lazer e de prática desportiva, ao mesmo tempo que permite a descoberta da fauna e flora existentes nesta área protegida.
Para o ministro do Ambiente, o valor aqui investido constitui “uma parcela significativa do ainda mais expressivo investimento que está a ser feito no litoral por este Governo que é de 120 milhões de euros”. Conhecedor e apreciador desta zona que é, de resto, uma referência internacional, foi com alegria que João Matos Fernandes viu nascer aqui “uma obra muito interessante”.
No mesmo dia em que Loulé foi um dos municípios algarvios a assinar um protocolo de cogestão do território que abrange a Reserva do Parque Natural da Ria Formosa, o ministro que tutela a pasta do Ambiente reforçou a importância da “partilha de responsabilidades entre o Estado central (ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas) e as autarquias. Cada vez mais as autarquias – com destaque para a de Loulé – reconhecem a relevância e o quão podem ser diferentes os seus territórios por terem espaços tão magníficos como este e estarem dentro de um parque natural. E o caso da Ria Formosa é, de facto, uma evidência. Por isso estes projetos são da maior importância para cimentar o conhecimento e esta relação de gestão do território”.
Da parte do município a disponibilidade para gerir, por exemplo, um equipamento como este passadiço é total: “Em breve transitará para o Município de Loulé e nós vamos cuidá-lo com carinho porque temos aqui uma mais-valia para a nossa atividade turística de primeiríssima importância. Representa em si todo um programa: é o convívio entre as pessoas, a fruição da natureza, o andar a pé, todos estes valores que estão incorporados neste equipamento”, refere o autarca.