A PRF – Gás, Tecnologia e Construção, S.A. atua em todo o tipo de infraestruturas e equipamentos na área dos gases combustíveis, com soluções que abrangem a engenharia, construção, fabrico, montagem e manutenção. A empresa está presente em três continentes – Europa, África e América Latina – e com uma intervenção em 20 países.
Foram vários os marcos que permitiram à PRF crescer e solidificar-se no mercado, a começar pela chegada do gás natural a Portugal: “Deu-nos um impulso importante, tivemos oportunidade de crescer, obrigou-nos a ganhar capacitação noutras áreas que não tínhamos, a abrir outras valências que nos deram novas oportunidades de negócio e conseguimos ganhar espaço no mercado”, diz Paulo Rui Ferreira, CEO da PRF. O projeto foi o de lançar a PRF para uma dimensão maior: “Deixámos de ser uma empresa local de instalação de redes de gás para passar a ter uma dimensão nacional na área da rede de gás natural, mas também das suas infraestruturas. Com essa nova oportunidade criamos conhecimento, capacitação, experiência e crescemos”, vinca. Outro facto importante no percurso da empresa foi quando iniciaram os projetos de Gás Natural Liquefeito (GNL). “Identificámos uma oportunidade de negócio, de crescimento: investimos, criámos uma equipa especifica de trabalho e fomos para o mercado. Produzimos e mostrámos qualidade no trabalho realizado”. Hoje, o GNL tem um “peso importantíssimo” na atividade e na globalidade do volume de negócios da empresa. O mesmo aconteceu, recentemente, com os gases renováveis: “Identificámos a oportunidade, e tal como os outros marcos no nosso percurso empresarial, será uma vantagem de negócio num futuro próximo”, declara.
[blockquote style=”2″]É preciso mudar os hábitos de consumo e a forma como lidamos com o ambiente[/blockquote]
O facto de Portugal estar comprometido com a neutralidade carbónica até 2050 fez com que a PRF centrasse esforços no alargamento e utilização das energias renováveis, como o biogás e o bio metano. Também o hidrogénio passou a ser parte da solução: “Aliás, será de tal modo importante que penso que, no presente, já ninguém questiona a sua introdução e desenvolvimento no mercado. É preciso mudar os hábitos de consumo e a forma como lidamos com o ambiente”. A PRF olha assim para hidrogénio como uma oportunidade: “Vamos ter apoios financeiros elevados da União Europeia para desenvolver um verdadeiro cluster do hidrogénio, podendo dessa forma criar riqueza para o país, visto que serão certamente criadas várias empresas, o emprego vai subir necessariamente neste setor, no fundo, vai ajudar significativamente a dinamizar toda a economia nacional”.
Apesar de não ter “tradição” no hidrogénio, a PRF recorre à experiência de 30 anos no setor do gás natural, propondo-se utilizar o saber na área do hidrogénio. Neste momento, “estamos a elaborar e a apresentar projetos para vários clientes”, desde a “produção, armazenagem, compressão, distribuição e abastecimento de veículos” até à “injeção de hidrogénio nas redes de gás natural”, explica. A este nível, destaque para um projeto no concelho do Seixal, com duração de dois anos, que injetará hidrogénio verde na rede de gás natural, servindo 70 residências e uma dezena de empresas, incluindo um consumidor industrial. O projeto prevê a construção de uma tubagem de polietileno com 1,4 quilómetros que ligará a unidade de produção de hidrogénio da Gestene a uma infraestrutura que fará a mistura na rede. O projeto conta com a participação da Galp Gás Natural Distribuição, empresa que controla a Setgás, concessionária da rede na Península de Setúbal, e com o apoio da PRF e da Gestene.