Os portugueses encaminharam para reciclagem quase 324 mil toneladas de embalagens usadas provenientes do fluxo urbano (ecopontos e porta-a-porta) nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 12% relativamente a igual período do ano passado, sendo o plástico o material com maior subida, informou a Sociedade Ponto Verde (SPV). A quantidade de embalagens usadas enviadas para reciclagem equivale ao peso de “46 mil elefantes”, salienta a entidade em comunicado.
O plástico foi o material que mais cresceu: subiu 29%, atingindo 79.852 toneladas, seguido pela madeira (mais 23%) e metal (21%). O vidro, chegou às 141.629 toneladas, mais 10% do que no ano anterior.
“O número de separadores tem vindo a aumentar e, hoje, 71% da população faz a separação diária dos seus resíduos em casa. Por isso, estamos seguros do empenho de todos para garantir que a reciclagem continuará a crescer nos próximos anos”, afirma Luís Veiga Martins, diretor-geral da SPV.
Relativamente ao fluxo não urbano – embalagens de origem industrial ou comercial – foram enviadas para reciclagem 223.615 toneladas de resíduos de embalagens até ao final do mês de setembro, um valor que representa um decréscimo de 5% em relação ao período homólogo.
No total dos dois fluxos – urbano e não urbano – a Sociedade Ponto Verde encaminhou para reciclagem mais de 547 mil toneladas de resíduos de embalagens, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados relativos à reciclagem nos primeiros nove meses do ano vão ao encontro dos resultados do estudo “Hábitos e Atitudes face à separação de resíduos domésticos 2015”, desenvolvido pela Intercampus para a SPV. Segundo a investigação, sete em cada dez lares fazem diariamente a separação doméstica de resíduos de embalagens, enviando para reciclagem os resíduos que são gerados em suas casas, como por exemplo, pacotes de bebida, sacos, caixas de cartão, garrafas e frascos de vidro. O mesmo estudo mostra que os lares separadores estão a separar melhor os seus resíduos quando comparado com 2011. Atualmente 59% dos lares separam a totalidade dos seus resíduos (separadores totais) o que compara com 47% em 2011, um crescimento de 12 pontos percentuais.