Um projecto científico que recupera uma técnica ancestral, aplicada à prevenção de incêndios, foi um dos projectos escolhidos pelos portugueses no 1.º Orçamento Participativo Portugal, realizado em 2017. Estes e outros programas vencedores serão apresentados amanhã, 18 de Maio, às 16h00, no Centro Ciência Viva de Estremoz, pela Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo.
Levar a ciência aos parques infantis, aproximar os cientistas dos cidadãos, dar a conhecer a ciência no vinho e a cultura das tabernas, criar ferramentas de limpeza do lixo marinho nas nossas praias, combater a solidão na terceira idade e criar espaços maker nas escolas. De acordo com os milhares de portugueses que votaram na iniciativa, estes são alguns dos temas onde a ciência é mais precisa.
As entidades responsáveis por estes projectos, que vão já para o terreno, estarão em Estremoz para apresentar o seu plano de acção. Estas incluem instituições científicas e de ensino superior, Centros Ciência Viva e organizações da sociedade civil, que têm ao seu dispor uma verba total de 340 mil euros.
Esta iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior estará também em foco em Estremoz. Este programa é um estímulo para sensibilizar os jovens do ensino secundário, e em especial os das escolas profissionais, para a importância de prosseguirem os seus estudos a nível superior.
Apesar do crescente compromisso das famílias, das instituições de ensino superior, da sociedade e das políticas para com a formação superior e o conhecimento científico, os níveis da população com um curso de superior estão ainda aquém do que seria desejável alcançar. Apenas 4 em 10 jovens com 20 anos está a frequentar o ensino superior, as taxas de insucesso e abandono têm ainda expressão ao nível das instituições de ensino superior, em especialmente para o grupo com mais de 23 anos, e os níveis gerais de formação superior da nossa sociedade são ainda visivelmente modestos.
O Centro Ciência Viva de Estremoz é um dos interlocutores territoriais nesta tomada de consciência, tendo já um plano de trabalho piloto – “Vamos deixar uma marca na sociedade” – numa parceria alargada com a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Portalegre.