Começou hoje, dia 11, em Lisboa, a Portugal Smart Cities Summit by Green Business Week. A iniciativa, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa, prolonga-se até sexta-feira, dia 13 de abril, três dias de debate, networking, mostras de projetos e produtos, bem como transferência de experiência e conhecimento, e que junta num só espaço empresas do setor, municípios, startups e universidades.
Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP, abriu a sessão inaugural do evento destacando que o mesmo se alicerça “num conjunto de vetores estratégicos para a sociedade portuguesa, desde logo as cidades inteligentes, enquanto catalisadores dos mais importantes desafios inerentes à transformação digital das economias, assim como a energia, o ambiente e a água”. O responsável indicou que todas as tendências apontam para que sejam “as cidades necessariamente mais digitalizadas, mais conectadas e mais inteligentes e organizadas em torno do ciberespaço a polarizar muitos dos desafios e das oportunidades inerentes à economia do futuro”.
Explicou ainda que os temas e as áreas de negócio que estão consubstanciados no Portugal Smart Cities Summit fazem parte “do núcleo duro de um novo ciclo marcado pelo crescimento inteligente, pela digitalização generalizada da economia e pela inteligência territorial, e como tal, são vetores essenciais do reforço da cadeia de valor da economia portuguesa”. É por isso que o Portugal Smart Cities Summit vem convocar para este debate e apresentar um conjunto de boas práticas, nas quais se destacam no espaço expositivo as cidades inteligentes e a inteligência urbana, a transformação digital da economia, a sustentabilidade, a reabilitação urbana, a mobilidade sustentável, as alterações climáticas, a transição energética, a eficiência energética, as energias renováveis, as redes inteligentes, a gestão da água, a eficiência hídrica e a qualidade da água, o tratamento de resíduos, a reciclagem e a economia circular, os objetivos de desenvolvimento sustentável, o empreendedorismos, entre outros.
Jorge Rocha de Matos referiu que é neste contexto que se estão a desenvolver um conjunto de clusters e de áreas de negócio que estão a contribuir para alargar a carteira de bens, serviços e atividades transacionáveis na economia portuguesa. “É por esta via que podemos atrair mais investimento estrangeiro e sobretudo almejar uma melhor afirmação na globalização em segmentos com perfil mais elevado e de conhecimento intensivo e, consequentemente, incrementar as exportações, criar novas empresas e empregos altamente qualificáveis, com mais incorporação tecnológica, mais investigação e mais inovação”, sublinhou.
Estas são também, explica o responsável, algumas das razões pelas quais a Fundação AIP assumiu um compromisso forte com as diferentes partes interessadas nas fileiras e áreas de negócios da economia verde. “Procuramos desempenhar um papel mobilizador e consolidar espaços de cooperação estratégica com as diferentes partes interessadas, uma cooperação estratégica que tem que mobilizar a comunidade empresarial, os centros de saber, nomeadamente as universidades e outras instituições do Ensino Superior na Ciência e Tecnologia, naturalmente o Estado e as suas instituições autónomas, incluindo as autarquias, que consideramos ter um papel catalisador de maior importância a desempenhar por via das políticas e iniciativas públicas”, adiantou.
É também neste quadro de ampla parceria que a Fundação AIP, em parceria com as estruturas associativas setoriais e regionais, se assume como parte interessada na modernização do tecido empresarial e na internacionalização das empresas que estão nas áreas de negócio representadas no Portugal Smart Cities Summit. O presidente da Fundação AIP garantiu que existen hoje em Portugal, nestas áreas de negócio, um número significativo de empresas, nomeadamente PME’s, como uma carteira de atividades e qualificações elevadas, muitas delas trabalhando em estreita articulação com as autarquias. Estão por isso em condições de trilhar o caminho da internacionalização e de se afirmarem nos mercados externos”. E deu o exemplo de terem estabelecido contacto com 70 startups ligadas a estes segmentos de atividade diversificados, que estão presentes na Portugal Smart Cities Summit, e que podem ser visitadas nas duas galerias da esquerda e da direita que ladeiam o pavilhão. “Essas empresas vão ser as empresas do futuro e precisam de algum enquadramento, alguma ajuda, para se poderem desenvolver”. recordou.
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