O Portugal Smart Cities Summit, que arrancou esta terça-feira no Centro de Congressos de Lisboa, é visto como uma “oportunidade” para refletir sobre o futuro da organização das cidades no mundo.
A marcar presença no certame pela segunda vez, a Sinalarte focou a sua atividade na área da sinalização rodoviária. Há 26 anos no mercado, a empresa foi diversificando o seu portfólio em mobiliário urbano e, também na iluminação led solar.
À Ambiente Magazine, Miguel Ribeiro, diretor da Sinalarte, refere que, durante estes dias, serão divulgados e promovidos dois produtos (“Smart Parking Systems” e “SmartCounter”) que, do ponto de vista do conceito “smart cities”, são os que melhor se enquadram. O “Smart Parking Systems” trata-se de um “sistema de estacionamento inteligente” que é composto por “um sensor” que faz a “deteção dos carros” e que “envia (os dados) para uma plataforma online” que pode ser “consultada pelos administradores da gestão dos estacionamentos ou pelos fiscais”, de forma a conseguirem atuar mais rápido. Basicamente, este projeto permite ter um “sistema de estacionamento inteligente”, refere o responsável, destacando ser benéfico para todos, “não só para a gestão dos estacionamentos ou para os municípios em termos de receitas” mas também torna o “sistema de estacionamento socialmente justo”. O projeto, de origem italiana, começou a ser concebido entre 2004 e 2005 e, desde 2009, que está a ser implementada em Itália: “No global, já estão implementados mais de sete mil sensores. É um sistema bastante maduro”. Em Portugal, está a ser trabalhado desde o ano passado: “Temos alguns municípios interessados”, afirma o responsável.
Por seu turno, o projeto “SmartCounter”, que resultou de uma parceria entre a Wavecom e a Sinalarte, trata-se de um “sistema de contagem de pessoas” e que foi implementado já este ano para “verificar a lotação nas praias” em Portugal e em Espanha. Tendo em conta que o projeto foi feito em “tempo recorde”, Miguel Ribeiro faz um balanço positivo: “Conseguimos vender algumas unidades no tempo que houve para o desenvolver e para mexer o mercado”. Neste certame, o sistema que está a ser apresentado é o mesmo que foi implementado nas praias mas o objetivo agora passar por “adaptar (o sistema) a outras realidades, como os centros das cidades”, estando a ser trabalhado um “sistema mais refinado e menos impactante”, exemplifica.
Portugal Smart Cities: uma tendência?
Na visão de Miguel Ribeiro, há uma “vontade” por parte dos responsáveis políticos em seguir a tendência das cidades inteligentes. No entanto, a questão que se coloca é que “a disponibilidade financeira e as verbas disponíveis para a inovação e para apostar nestas soluções nunca são as desejadas”, vinca o responsável, acreditando que é uma “questão de estratégia” onde Portugal terá que “repensar qual o caminho a seguir”. Reconhecendo que há inovações nestas matérias, o diretor da Sinalarte destaca que os “próprios sistemas da empresa” se vão “aperfeiçoando” e, ao mesmo tempo, ficam mais acessíveis ao consumo.
Mesmo em tempos de pandemia, a Sinalarte decidiu arriscar e o Portugal Smart Cities Summit não saiu da agenda: “Estando cá, somos vistos e temos sempre algo a ganhar”, remata.