“Saúde e Bem-Estar” é o tema do Portugal Smart Cities Summit 2020. O evento, que começou esta terça-feira, termina a 24 de setembro e decorre no Centro de Congressos de Lisboa.
A Ambiente Magazine foi ao encontro do município do Seixal, que garante presença assídua no certame, considerando-a como uma mais-valia: “Divulgamos os nossos projetos e conhecemos outros interlocutores da área das smart cities”, afirma João Correia, do gabinete de participação da Câmara Municipal do Seixal. Os projetos que este ano estão em destaque são: “Seixal +” e “Seixal On”.
Segundo o responsável, o “Seixal +” trata-se de um “programa de incentivo a medidas de proximidade” para com o município. Para a sua implementação, foram criados gabinetes de participação que organizam debates e realizam intervenções de acordo com as propostas e necessidades da população, intervindo no espaço público, mas também com outras ações como limpeza ou manutenção. Já o “Seixal On” é um Laboratório Vivo para a descarbonização da Baía que incorpora uma série de “projetos na área da tecnologia e da sustentabilidade”, nomeadamente um ecorestaurante, a utilização e carregamento de veículos elétricos, contadores de água e iluminação pública inteligentes ou quiosques verdes. O grande objetivo passa pela “melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”, dando assim “continuidade ao processo de redução de emissões de CO2” no concelho.
O conceito “cidades inteligentes” é algo que, do ponto de vista de João Correia, está muito conectado à “tecnologia” mas que, na verdade, o conceito deve remeter para uma “cidade mais virada para as pessoas” e que promova “projetos de participação e de proximidade na vida dos municípios e das cidades”.
A pandemia da Covid-19 é algo que trouxe “aceleração” a projetos que já estavam em marcha: “Trouxe ferramentas de proximidade de serviços com os municípios para eliminar algumas necessidade de deslocação”, refere o responsável. Um bom exemplo disso é a aplicação que o município do Seixal vai lançar e que inclui um “vertical de gestão de ocorrências”, onde, através do smartphone, pode ser “participada uma ocorrência no âmbito da via pública ou até mesmo uma sugestão” e que será “encaminhado para os nossos serviços sem necessidade de deslocação”, remata.