A Ambiente Magazine foi media partner na 10.ª edição da Portugal Smart Cities Summit, que decorreu de 8 a 10 de outubro, no Pavilhão 1 da FIL – Feira Internacional de Lisboa – e esteve à conversa com algumas empresas presentes, como é o caso da Lasso Eco Innovation, sob a figura de Maria João Ferreira, diretora comercial para o mercado nacional.
- Quais as expectativas para mais uma edição da Portugal Smart Cities?
A PSC sempre foi surpreendente – fazemos vários eventos de exposição dos nossos produtos e, não sendo uma feira direcionada para os resíduos, que é onde atuamos, o interesse do público em geral e dos clientes, especialmente câmaras municipal, é importante para nós. Sempre foi um evento que percebemos ser uma mais valia. E a expectativa é que haja muito movimento e muitos municípios a passar por aqui e ter a possibilidade de conversar com eles.
- Qual o papel dos resíduos para contribuir para as cidades inteligentes?
Tipicamente, associa-se cidades inteligentes a tecnologia e mobilidade, mas o lixo e a limpeza urbana são algo demasiado visível também. A cidade se não estiver limpa, os resíduos causam impacto até pelo cheiro que deixam. Assim, uma cidade inteligente também é, à partida, uma cidade limpa, onde a boa gestão de resíduos é fundamental.
Depois há a parte dos sistemas inteligentes para a gestão de resíduos, para que esta área seja mais eficaz e mais sustentável, quer financeiramente, quer ambientalmente.
- E que produtos estão a destacar este ano na feira?
Temos o contentor enterrado e semi-enterrado, que servem os dois para a mesma finalidade: os biorresíduos. Precisamos rapidamente de retirar os biorresíduos do lixo indiferenciado e há vários caminhos para o fazer, daí as autarquias e decisores precisarem do equipamento e da tecnologia.
Por outro lado, temos os sistemas inteligentes como os controlos de acesso, que permitem, na área dos biorresíduos, evitar a contaminação, pois se contaminarmos com plástico, eles já não poderão ser reciclados. Isto permite não ter um contentor aberto na via a pública e leva à sensibilização focada no munícipe, a quem se entrega um cartão e se explica o porquê, quanto custa, quanto vai poupar e quais os benefícios para o ambiente.
- Qual o feedback dos municípios que já aderiram a esta tecnologia?
É boa. Por exemplo, estiveram aqui estudantes da Universidade de Coimbra muito interessados no nosso produto e estive a conversar com eles porque quando há estudantes tão interessados devemos dar-lhes todo o nosso know how. E um desses alunos mora numa cidade que já usa esta tecnologia e ele considerou “genial” porque permite reconhecer e premiar quem está a utilizar, bem como separar corretamente os resíduos.
- O networking aqui na PSC levará mais municípios a aderir?
Sem dúvida. Já tive aqui vários municípios que não têm a tecnologia da Lasso e trocámos contactos. Os negócios começam aqui.