Portugal tem uma localização inigualável para data centres que se comprometem com as melhores práticas em regras de proteção de dados e é um dos países mais estáveis, abertos e favoráveis para negócios na União Europeia em termos de inovação, digitalização e conhecimento técnico. As conclusões constam de um estudo elaborado pela sociedade de advogados internacional baseada nos Estados Unidos Akin Gump Strauss Hauer & Feld, e pela sociedade de advogados portuguesa PLMJ.
O estudo, “Embracing the Challenges of Digital Transformation”, descreve Portugal como um hub acolhedor para grandes empresas internacionais de tecnologia e hyperscalers. O artigo explora, ainda, como Portugal aborda especificamente os desafios de proteção de dados e segurança cibernética que surgem ao enfrentar grande procuras por serviços digitais, lê-se num comunicado, divulgado pela Start Campus, parceiro do estudo.
Segundo os dados do portal de estatísticas e fornecedor de rankings da indústria Statista, a quantidade de dados criados, consumidos e armazenados tem crescido exponencialmente na última década, passando de 2 zettabytes em 2010 para mais de 180 zettabytes em 2025. Como país focado em desempenhar um papel-chave no futuro da conectividade global, “Portugal está a planear alocar 22% das subvenções e empréstimos que recebe na sequência da pandemia de Covid-19 da UE, em medidas de apoio à transição digital”, aponta o estudo.
As conclusões, agora publicadas, demonstram que o país já beneficia de “outras vantagens geográficas e tecnológicas”, como uma “rede cada vez maior de cabos de fibra ótica” que o posiciona o Portugal como “porta de entrada europeia” para África, Américas e outros destinos. Ao mesmo tempo, o país foi reconhecido publicamente por “fomentar a inovação”, dando “passos concretos para abraçar a transformação digital e incentivar o investimento tecnológico”.
De acordo com o paper, Portugal adere às “melhores práticas em proteção de dados e cibersegurança e alinha o seu quadro de cibersegurança com padrões e certificações internacionais líderes da indústria”. Ao mesmo tempo, é consistentemente classificado como um dos países “mais inovadores e favoráveis aos negócios” da UE. Ao contrário de outros países europeus, Portugal está comprometido com o conceito de “mobilidade de dados”, o que significa que não promulgou nenhuma lei adicional que proíba a transferência de dados para fora do seu território ou restrinja o seu tratamento (conhecido como “leis de soberania de dados”), exemplifica o estudo.
Do mesmo modo, o país não impõe quaisquer “restrições adicionais” à utilização de cookies e e-marketing para além das estabelecidas a nível da UE ao abrigo da Diretiva e-Privacy. Além disso, “os reguladores portugueses de proteção de dados e segurança cibernética têm apoiado e colaborado com as partes interessadas privadas, incluindo hyperscalers”, demonstra o paper.
O documento defende, igualmente, que Portugal está bem posicionado não só para acompanhar a transformação digital, mas também para continuar a sua jornada como um dos pioneiros europeus em inovação tecnológica: “É um mercado altamente desejável para estabelecer e operar um data centre, e é provável que promova a sua posição como pioneiro em inovação, padrões de segurança cibernética e proteção de dados no futuro próximo”.
Em abril de 2022, a Start Campus iniciou a construção o seu projeto inovador de campus de data centre de 495 MW SINES 4.0© em Sines, Portugal, concebido para dar resposta à rápida transformação digital à escala global tando a sustentabilidade como vanguarda. O projeto SINES 4.0© é um dos maiores projetos de data centre da Europa e será 100% verde. Quando concluído em 2027, o campus será composto por nove edifícios e deverá estar pronto para entrar em serviço no primeiro trimestre de 2023.
O paper “Embracing the Challenges of Digital Transformation” foi elaborado pela Akin Gump Strauss Hauer & Feld e pela PLMJ e com o apoio da Start Campus.