O ministro do Ambiente revelou esta terça-feira que Portugal pediu à Comissão Europeia que fossem suspensos todos os atos necessários à construção do aterro de resíduos nucleares de Almaraz, para que a situação não venha a ser irrevogável, avança a Lusa.
João Matos Fernandes falava à Lusa durante a visita que está a efetuar a São Tomé, onde hoje de manhã assinou um acordo que formaliza a locação de uma verba de 1,5 milhões de euros para o combate às alterações climáticas naquele território.
Na segunda-feira, o Ministério do Ambiente revelou que já tinha enviado para Bruxelas a queixa relacionada com a decisão espanhola de construir um armazém de resíduos nucleares em Almaraz, sem avaliar o impacto ambiental transfronteiriço.
O Governo português defende que no projeto do aterro de resíduos junto à central nuclear de Almaraz “não foram avaliados os impactos transfronteiriços”, contra as regras europeias.
Na semana passada, numa reunião em Madrid entre o ministro do Ambiente português e os ministros espanhóis da Energia e do Ambiente, o Governo espanhol sugeriu que fosse Portugal a realizar esse estudo, proposta que o executivo português recusou, considerando que essa responsabilidade cabe a Espanha.