Chama-se InterConnect, o projeto com liderança portuguesa que acaba de ser aprovado pela Comissão Europeia, ao abrigo do programa Horizonte 2020, para desenvolver e demonstrar soluções avançadas para a digitalização do setor elétrico. A coordenação deste projeto, que vai contar com um financiamento de 36 milhões de euros, fica a cargo do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). O INESC TEC é um Centro de Interface (CIT) reconhecido pelo Ministério da Economia e apoiado pela ANI – Agência Nacional de Inovação.
O InterConnect é assim, o maior projeto colaborativo Europeu, até ao momento, coordenado por uma entidade portuguesa no âmbito dos programas quadro de investigação e inovação.
As soluções desenvolvidas no âmbito do InterConnect vão permitir uma digitalização do sistema elétrico baseada numa arquitetura “internet das coisas” (IoT) que, contemplando tecnologias digitais (Inteligência artificial, Blockchain, Cloud e Big Data), garanta a interoperabilidade entre equipamentos, sistemas e a privacidade/cibersegurança dos dados dos utilizadores. Vão poder usufruir destas soluções os utilizadores de energia em edifícios, sejam eles residenciais ou de serviços, os operadores da rede de distribuição e os comercializadores de energia.
O concurso lançado pela Comissão Europeia, e intitulado “Digitising and transforming European industry and services (DT)” no tópico “Interoperable and smart homes and grids”, mobilizou 140 entidades europeias, que se dividiram por três consórcios. Depois de analisadas as três candidaturas submetidas, um painel de peritos internacional atribuiu a melhor pontuação (14 em 15 pontos) à proposta liderada pelo INESC TEC.
O InterConnect, que inclui a participação de 56 entidades de 11 países europeus, terá uma duração de 4 anos. Os participantes nacionais são, para além do INESC TEC, a EDP Distribuição, a SONAE, a Domótica SGTA, e a Schneider Electric Portugal, que juntos captaram 3,6 milhões de euros de financiamento comunitário.