“Estamos acima do que é exigido, mas não podemos distrair-nos”, foi assim que o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, olhou para a situação da mobilidade sustentável/elétrica em Portugal.
Esta segunda-feira, 23 de outubro, na apresentação de um estudo pioneiro da Mobi.E sobre a rede nacional de carregamento para veículos elétricos, o executivo afirmou que a descarbonização até 2050 é um “objetivo muito difícil, complexo e árduo”, mas garante que o Governo tem tido “a preocupação de ter alguma consistência nas políticas públicas nesta matéria”.
Jorge Delgado enumerou algumas das medidas até agora tomadas para incentivar uma transição mais rápida e fácil, tais como o apoio à aquisição de veículos elétricos, o apoio à instalação de postos de carregamento em condomínios, a isenção de IUC para carros elétricos e o apoio à aquisição de autocarros de zero emissões.
Em 2024, o Governo alocará 100 milhões de euros para ajudar na renovação da frota automóvel, em prol da preferência na aquisição de opções mais sustentáveis, a par do incentivo ao abate de carros antigos a combustão.
O secretário de Estado da Mobilidade Urbana recordou ainda que o número de carregamentos elétricos cresceu 65% face a 2022 e que o consumo de energia subiu 83%, “números que dizem bem a importância deste processo” que tem sido “percorrido com grande sucesso”.
Entre os principais desafios para o futuro da mobilidade urbana sustentável, apontou a expansão da rede de carregamento para pesados e a criação da rede de carregamento a hidrogénio.