A cidade do Porto acaba de ser selecionada para participar na Missão de Adaptação às Alterações Climáticas da Comissão Europeia.
A Comissão Europeia anunciou a escolha da cidade do Porto como uma das “primeiras cidades signatárias da Carta da Missão que formaliza a adesão do Porto à Missão de Adaptação às Alterações Climáticas”, lê-se numa nota divulgada pelo Município.
Depois da seleção do Porto como uma das 100 Cidades Inteligentes e com Impacto neutro no Clima em 2030 no passado dia 28 de abril, a Comissão volta a colocar a cidade no “centro do combate às alterações climáticas”, reconhecendo o “caminho traçado” rumo a um futuro resiliente e sustentável.
A Missão de Adaptação às Alterações Climáticas tem como objetivo apoiar pelo menos 150 regiões e comunidades europeias a tornarem-se resilientes ao clima até 2030, num desafio que procura transformar os grandes problemas das cidades em soluções eficazes e inovadoras capazes de responder à urgência climática e à crise da biodiversidade.
Esta Missão irá apoiar a pesquisa e a inovação necessárias para um futuro mais seguro do nosso planeta; partilhar saber e boas práticas e apoiar regiões e comunidades rumo à resiliência climática; e envolver os cidadãos na elaboração de políticas de adaptação. Às cidades selecionadas, a Comissão Europeia pede o esforço de colocarem a Natureza no centro das decisões, de forma a trabalhar com a natureza e com os ecossistemas para a construção de cidades, regiões, litorais, bacias fluviais e florestas cada vez mais resilientes.
Ao participar nestas duas Missões da Europa, o Porto torna-se das poucas cidades europeias com metas tão ambiciosas em termos de clima, ambicionando a neutralidade carbónica e a resiliência climática até 2030. Para estes objetivos o Município dispõe de “estratégias bem definidas em termos de descarbonização e de adaptação”, corporizado no Pacto do Porto para o Clima, que prevê a “redução de 85% das emissões de CO2 da cidade face ao ano de 2004 e com a compensação dos restantes 15% de emissões através do robustecimento da estrutura ecológica e do amadurecimento da floresta urbana nativa do Porto entre outras medidas”, refere a mesma nota.