A APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e a Ocean Winds, joint-venture entre EDP Renováveis e ENGIE dedicada à energia eólica offshore, assinaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de identificar e avaliar as capacidades do Porto de Setúbal para acolher eventuais projetos de construção de equipamentos de energia eólica marítima. A homologação do memorando foi feita pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba.
Por parte da APSS, o presidente do Conselho de Administração, Carlos Correia, salientou que “no ano em que o porto de Setúbal comemora o seu centenário, a assinatura deste Memorando de Entendimento é mais uma prova que este é um porto de futuro e quer continuar a desenvolver-se e servir a região e o país”, acrescentando ainda que o porto “pelas suas caraterísticas naturais, pelas infraestruturas existentes, pelos investimentos de melhoria realizados nos últimos anos, pelas áreas de expansão tem potencialidades para um forte desenvolvimento e crescimento nos próximos anos de suporte à transição energética com base em energias renováveis”.
Já José Pinheiro, da Ocean Winds Portugal, referiu: “estamos conscientes de que um dos desafios do nosso setor é dispor de infraestrutura capaz de servir projetos offshore eólicos na costa portuguesa e que estrategicamente poderão servir uma logística internacional. Por isso, mais importante do que o documento aqui assinado, será o trabalho e continuo diálogo com a autoridade portuária de Setúbal e Sesimbra para fazer mais uma vez da visão, uma realidade de todos”.
A Ocean Winds opera há mais de dois anos o Windfloat Atlantic, o primeiro parque eólico semi-submersível do mundo, em Viana do Castelo, e desenvolve, constrói e opera 15 projetos eólicos em alto mar, de tecnologia fixa e flutuante, em sete países do mundo.
Este ato visa cumprir com o plano de ação para o Porto de Setúbal para o triénio 23-25 sob o mote: Investir, Inovar e Descarbonizar.
A cerimónia foi encerrada pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, que referiu que “o aumento da produção de energia eólica em Portugal faz surgir a necessidade de infraestruturas adequadas para armazenar, transportar e exportar essa energia, sendo aí que os portos portugueses têm um papel fundamental a desempenhar”, acrescentando ainda que o porto de Setúal tem “uma localização estratégica” com “infraestruturas adequadas para o armazenamento, transporte e distribuição de energia eólica para outros países da Europa”.