A APL (Administração do Porto de Lisboa) acolhe o Observatório Golfinhos no Tejo, o primeiro programa de monitorização a partir de terra sobre a ocorrência de cetáceos no estuário do Tejo.
Este projeto, pioneiro em Portugal, resulta de uma parceria entre a ANP|WWF e o MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente) com o ISPA (Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida), tendo por objetivo “perceber padrões espaciais e sazonais de utilização do estuário por parte de cetáceos, como o golfinho comum”, refere um comunicado.
Os investigadores e voluntários do observatório observam continuamente a zona do baixo Estuário do Tejo à procura de cetáceos, registando também as atividades humanas, as condições atmosféricas, entre outros fatores. “A informação recolhida servirá para o desenvolvimento de teses académicas, artigos científicos e outros trabalhos de divulgação científica, bem como para servir de base para uma divulgação mais alargada ao público em geral, em especial junto de quem vive na Área Metropolitana de Lisboa”, lê-se no mesmo comunicado, partilhado à imprensa.
A Apresentação Oficial do Observatório contou com a participação de Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF, de Manuel Eduardo dos Santos, professor associado e investigador do MARE-ISPA e do Comandante Rui Nunes, em representação da APL.
A iniciativa Golfinhos no Tejo, que engloba o Observatório, teve início em junho 2021, no âmbito do Programa de Capacitação de ONGs da Fundação Oceano Azul, assim como com o apoio da Carlsberg através do movimento #ProbablyBetterNow. O Observatório “Golfinhos no Tejo”, acolhido pela APL, iniciou os seus trabalhos de monitorização em março de 2022 e está instalado no Centro de Coordenação e Controlo de Tráfego Marítimo e Segurança do Porto de Lisboa (Torre VTS), em Algés – local privilegiado para detetar os golfinhos que visitam o estuário –, e conta com uma equipa de investigadores e voluntários treinados na observação marinha e registo científico.
O Observatório insere-se ainda no programa CETASEE Tejo, que conta com a parceria da FCUL (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) para a realização de censos de barco e recolha de informação acústica.