Poluição no Tejo: ambientalistas falam em “rio morto”
Membro do movimento proTEJO, Arlindo Marques decidiu que as imagens falassem por si. Com a ajuda de drones, filmou partes do rio Tejo, onde é possível distinguir duas cores: o negro e o branco, que vem em forma de espuma, consequência de uma descarga recente, revela hoje o Jornal i.
A origem desta contaminação estará numa fábrica de celulose em Vila Velha de Ródão, de onde são conhecidas as descargas feitas nos últimos anos, e que dão um tom acastanhado às águas junto ao açude de Abrantes e a barragem de Balver.
O primeiro alerta a dar efeitos práticos foi emitido no verão de 2015, altura em que as imagens divulgadas e respetivo impacto junto da população desencadeou a criação de uma comissão de acompanhamento e posterior elaboração de um relatório sobre a poluição do Rio Tejo. A Quercus lembra que esse documento propõe uma “redução do caudal e da carga orgânica poluente nos efluentes setoriais e no efluente rejeitado no meio hídrico pela Celtejo, por recurso à ampliação ou substituição da atual ETAR”. No entanto, está previsto que a empresa continue a desenvolver atividade naquela zona, uma vez que existe um projeto de investimento ao abrigo do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo , para a introdução de inovações no processo de produção de pasta de papel tissue, o que significa que o projeto é financiado por fundos europeus, que no caso da Celtejo são 21,37 milhões de euros.