Poluição no rio Tejo aumenta e ameaça ecossistema
Uma espuma de cor clara, visível já há alguns meses no rio Tejo, da barragem do Fratel (Nisa) à zona de Abrantes, está a pôr em risco todo o ecossistema do rio, avança o Correio da Manhã. Sebastião de Mattos, da associação SOS Rio Tejo, não tem dúvidas de que é “um grande foco de poluição”. Além da elevada taxa de mortalidade de peixes, a associação deu conta do desaparecimento de vários animais que eram ali encontrados com frequência, como lontras, lagostins e algumas aves.
“A poluição está a matar tudo isto e até a pôr em causa a saúde de quem vive nesta zona”, adverte Sebastião de Mattos, apontando o dedo a empresas da zona de Vila Velha de Ródão. Mas a poluição não é o único problema do Tejo. Sebastião de Mattos alerta para “práticas que perturbam o bom funcionamento do rio” e dá como exemplo o dique construído junto à central termoelétrico do Pego: “É uma má solução técnica, pois perturba o ecossistema e afeta a desova dos peixes”. “Da forma como o Tejo está, acrescenta, e se a poluição parasse agora, o rio demoraria dezenas de anos a recuperar”, salientou.
Sebastião de Mattos deixou a garantia, ainda, que a SOS Rio Tejo vai denunciar o caso às instâncias internacionais.