Os dados provisórios de 2022, aos quais a Associação ZERO teve acesso, apontam que a poluição do ar na Avenida da Liberdade em Lisboa está acima dos limites legais e sem medidas de controlo. Os valores de dióxido de azoto nesta zona apresentaram uma média anual de 45 µg/m 3 (micrograma por metro cúbico), uma concentração superior em cerca de 12,5% ao valor máximo de 40 µg/m 3 exigido na legislação nacional (Decreto-Lei nº 102/2010).
A Associação ZERO vai agora solicitar a validação destes dados e intervir junto da Comissão Europeia o incumprimento da legislação em vigor e a falta de medidas de melhoria da qualidade do ar.
No comunicado enviado à imprensa, a ZERO aponta ainda que os gases de combustão de automóveis são a principal causa dos níveis descontrolados da poluição do ar, apontando que o reforço na rede de transportes públicos poderia contrariar esta tendência.
Portugal tem já no Tribunal Europeu uma queixa “que poderá implicar o pagamento de uma multa substancial por parte do país”, relembrou a associação que também reforçou que a má qualidade do ar é uma das principais causas de mortes prematuras no mundo.