O relatório sobre qualidade do ar da Agência Europeia do Ambiente (EEA, sigla em inglês) hoje divulgado, refere que, em 2012, a exposição a partículas finas PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto, originaram 6.190 mortes prematuras em Portugal.
O maior número de mortes está associado às partículas finas, com 5.400, e as restantes distribuem-se pelos outros dois poluentes, refere a EEA. No total dos 28 Estados membros da UE são 432 mil os casos de morte relacionados com PM2.5 e 92 mil nos restantes poluentes, segundo a informação.
O relatório refere-se a dados de 2013 recolhidos nos Estados membros e analisa as concentrações de partículas inaláveis (PM10) e PM2.5, ozono e dióxido de azoto, poluentes que podem causar problemas de saúde, cardíacos, respiratórios e cancro.
A entidade europeia concluiu que nas estações de medição portuguesas há uma situação de ultrapassagem do limite de concentração diária de PM10 em Lisboa, devido ao tráfego automóvel, dois casos de dióxido de azoto a mais, igualmente na capital portuguesa, e em Braga. Os valores acima do limite de ozono estavam em Almada, Faro, Lisboa, Setúbal e Vila Franca de Xira. A EEA não aponta quaisquer casos de concentrações acima do autorizado nas PM2.5.
Alberto González Ortiz, da divisão da qualidade do ar da EEA, disse à agência Lusa que os valores apresentados “são semelhantes àqueles do ano anterior”. “Os portugueses devem preocupar-se sempre com a qualidade do ar que respiram e devem pedir que as concentrações sejam mais baixas porque a contaminação vai provocar sempre danos na saúde”, salientou Alberto Ortiz.