Em Portugal há 6640 mortes prematuras, por ano, devido à poluição do ar, segundo divulgou esta quarta-feira a Agência Europeia do Ambiente, e noticiou hoje o Correio da Manhã. Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, explicou os riscos.
A estimativa aponta para 6070 mortes por elevadas concentrações de partículas finas, 150 por dióxido de azoto e 420 devido ao ozono.
O Parlamento Europeu aprovou a revisão da diretiva que estabelece os valores-limite de emissões poluentes. O objetivo é reduzir para metade a poluição atmosférica em 2030.
Em declarações ao Correio da Manhã, Francisco Ferreira confirmou que há zonas do país onde o risco devido à poluição, é mais elevado. “Devido ao tráfego rodoviário, nos centros urbanos, os resultados de 2015 indicam que foram ultrapassados os limites de partículas em Lisboa e de dióxido de azoto, para além da capital, no Porto e em Braga”, explicou o ambientalista.
O responsável indicou também que os incêndios, tão elevados este verão, também são responsáveis pela poluição. “Aconteceu este ano e sempre que há verões com bastantes incêndios, com as condições agravantes de elevadas temperaturas e ausência de vento. Os incêndios libertam partículas que causam tosse, dor no peito, irritação dos olhos e da garganta, agravam as crises de asma, problemas cardiorespiratórios e encerram um risco cancerígeno”, fomentou.
O Parlamento Europeu aprovou medidas que visam reduzir em metade a poluição até 2030. Para o ambientalista, esta iniciativa “está em linha com aquilo que nos parece ser desejável. Com metas para reduzir o tráfego rodoviário e um plano para acabar com a produção de eletricidade em centrais térmicas”.