Uma mancha de poluição foi detetada segunda-feira a 150 quilómetros da costa noroeste portuguesa, pela Agência Europeia de Segurança Marítima, noticia o Correio da Manhã.
A Força Aérea Portuguesa “verificou a área e comprovou” tratar-se de uma mancha de poluição, “causada por derrame de combustível”. No entanto, a Autoridade Marítima Nacional não confirma.
“Suspeitamos que se tratou de águas oleosas provenientes de algum navio que tenha mudado a água do lastro (água do mar captada pelo navio para garantir a segurança operacional e estabilidade do navio).
“Não quer dizer que sejam poluentes”, explicou Pedro Coelho Dias, porta-voz da Autoridade Marítima Nacional. Para Francisco Ferreira, da Zero, “estas águas são um problema, podem levar organismos de um lado para o outro”.
A mancha atingiu águas portuguesas e espanholas. Quando o navio-patrulha da Marinha Portuguesa chegou ao local ontem de madrugada, a mancha já se tinha dissipado.
Segundo a Força Aérea, a área afetada pela mancha tinha uma extensão de 240 por 15 quilómetros (3600 km2), com taxa de cobertura de 25% (900 km2, 126 campos de futebol). Avaliando também a profundidade, estima-se um volume entre 329 e 3775 metros cúbicos.
Pelas normas internacionais, os navios podem fazer descargas a mais de 37 quilómetros da costa. Em 2002, o petroleiro ‘Prestige’ afundou perto de águas portuguesas, a 250 quilómetros da Galiza, provocando um desastre ambiental.