Transformar uma lata de refrigerante num micro-satélite funcional é o desafio do concurso CanSat Portugal 2017, promovido pela Ciência Viva (Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica) e a ESA (Agência Espacial Europeia).
Neste âmbito, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) decidiu apoiar a equipa de estudantes da Escola Secundária D. João II de Setúbal, que participou pela primeira vez na competição e que foi uma das quinze equipas a nível nacional apuradas para disputar a final portuguesa nos Açores.
Para participarem na competição os estudantes têm de cumprir duas missões. A “missão primária”, comum a todas as equipas, a qual consiste em medir a pressão atmosférica e a temperatura durante a queda do satélite que é lançado a cerca de 1.000 metros de altitude, enviar esses dados via-rádio para o computador na base da missão, situada em terra, e garantir a recuperação do satélite. A “missão secundária” é proposta por cada equipa. No caso da equipa da Escola Secundária D. João II, consistiu em analisar o valor da aceleração durante a queda do satélite e assim compreender se o seu comportamento é igual ao que se estuda em sala de aula.
“Para o sucesso da missão foi necessária uma antena que garantisse uma comunicação eficaz entre o satélite e a base situada em terra”, contam. Foi aqui que surgiu o apoio e parceria com o IPS, que estudou o problema, disponibilizou uma antena com características adequadas para receber os dados do satélite e transmitiu à equipa conhecimentos fundamentais ao nível da transmissão de sinais via-rádio, bem como sobre a forma correta de utilização e operação da antena.