Politécnico de Leiria desafia comunidade a ação de limpeza nos setores de escalada do Cabo Carvoeiro
A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), do Instituto Politécnico de Leiria, associou-se à ação de limpeza e sensibilização nos setores de escalada do Cabo Carvoeiro, em Peniche, marcada para o dia 1 de setembro (domingo), a partir das 9 horas. A atividade está aberta a todos, com idade mínima de 12 anos, sendo o ponto de encontro junto à Nau dos Corvos.
“Desafiamos toda a comunidade, não só de Peniche, mas também da região, a juntar-se a esta atividade, que tem como missão cuidar do ambiente e ajudar a conservar a beleza natural do Cabo Carvoeiro, um dos mais impressionantes e atrativos pontos de escalada do nosso território. Todos podemos fazer a diferença e contribuir para um ambiente mais limpo e saudável”, afirma Sérgio Leandro, diretor da ESTM.
Os participantes devem levar luvas não descartáveis, roupa confortável, água e proteção solar para a ação de limpeza, cuja organização está a cargo do Sant’Aventura, em parceria com a ESTM do Politécnico de Leiria, Geoparque Oeste, Associação Patrimonium, The West Climbing Center, Peniche 360 e BerlengaTur, e o apoio logístico do município de Peniche.
“Esta ação é muito importante para a preservação de áreas com uma beleza natural singular, que são utilizadas por pescadores, mas também por turistas e habitantes locais. Contudo, os seus utilizadores nem sempre têm a sensibilidade para levar consigo o lixo que produzem nestes locais, o que os têm deixado com muito lixo. Esta situação prejudica, por um lado, a fauna marinha, pois a maior parte deste lixo acaba por cair ao mar, e por outro lado a avifauna local, que utiliza o lixo para se alimentar e fazer os seus ninhos”, alerta Miguel Reis Silva, coordenador executivo do Geoparque Oeste.
Já Rúben Cotrim, dinamizador da ação, lamenta que “o lixo nestes locais, propícios ao turismo e atividades lúdicas, tem causado muitos constrangimentos, nomeadamente à atividade turística dos operadores locais e regionais que visitam estes espaços e que se deparam com a acumulação de lixo em cavidades e varandas”. “Quando queremos mostrar o que de melhor temos no território, e o cenário é idêntico ao de uma lixeira, voltamos para trás. Isto não é bom para a atividade turística, mas também não é bom para Peniche e para as suas comunidades, que passam a ser mal rotuladas de forma injusta. Queremos, por isso, limpar este lixo e sensibilizar todos os que frequentam estes locais que, ao deixarem lixo para trás, não estão a prejudicar o turismo. Estão a prejudicar a imagem de Peniche, mas também os recursos naturais, como as aves e os ecossistemas marinhos”.