O Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai coordenar um projeto europeu para tornar os negócios ligados à economia do mar mais inovadores e competitivos através das tecnologias digitais, como a Inteligência Artificial, a tecnologia Blockchain ou a Internet das Coisas. Aumentando as competências de empreendedores nesta área, o ADT4Blue pretende fomentar ideias de negócio que acelerem a digitalização e a sustentabilidade na economia azul. Além de desenvolver projetos de investigação, o Politécnico da Guarda irá criar e implementar programas de formação.
“Um desenvolvimento económico que não coloque em causa a sustentabilidade dos oceanos e do planeta tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as atividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental, como a emissão de gases efeito estufa, a perda de biodiversidade e a poluição do ar e da água”, afirma Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda. “Ao liderar este projeto, o IPG assume o compromisso de transmitir conhecimento para que o país e a Europa consigam enfrentar esses desafios e continuar a usufruir das potencialidades do mar”.
ADT4Blue é um projeto de mais de 3,1 milhões de euros que junta associações, empresas, centros de investigação e instituições de ensino superior de Portugal, Espanha, França e Irlanda. O objetivo é incentivar o trabalho inter-regional de equipas multidisciplinares para estimular o potencial da economia azul nas suas variadas vertentes: logística, turismo, construção e reparação naval, pescas, aquicultura e energias renováveis.
Logística Inteligente permite preservar ecossistema marinho
“A economia azul e o uso sustentável dos recursos marinhos dependem da implementação da Logística Inteligente uma vez que é necessário criar soluções técnicas que atenuem a poluição causada pelo transporte marítimo e garantam a preservação dos ecossistemas”, afirma André Sá, docente no IPG e coordenador do Laboratório Colaborativo da Logística. “As formações que estão a ser desenhadas pelo IPG irão capacitar os profissionais do setor da logística e dos transportes para a utilização de energias renováveis nos portos, para o uso das novas tecnologias e dados de satélites na monitorização de resíduos altamente poluentes e para o cumprimento da legislação ligada à proteção ambiental”.
Com a perspetiva de instalar o futuro Porto Seco na Guarda, o domínio da Logística tem vindo a tornar-se cada vez mais central para o IPG. Além de ter começado a formar especialistas nesta área, o Politécnico da Guarda tem desenvolvido vários projetos de investigação, nomeadamente através do Laboratório Colaborativo da Logística – CoLAB LogIN, um projeto que visa investigar as redes, os fluxos logísticos da região da Guarda e os movimentos dos transportes de mercadorias – sejam terrestres, aéreos ou marítimos – de todo o país com o exterior.
O ADT4Blue reúne um consórcio de 13 parceiros dos quais quatro são portugueses: o IPG, a Administração do Porto de Aveiro, a Administração do Porto da Figueira da Foz e a INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro. O projeto é cofinanciado pelo FEDER e arranca em setembro. As primeiras reuniões preparatórias e kickoff com os representantes do consórcio terão lugar no IPG dias 12 e 13 de setembro.