A Polícia Florestal detetou 11 queimadas ilegais na Madeira desde a entrada em vigor do Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais (POCIF), em junho, estando prevista a limpeza de 480 hectares de terrenos para prevenir os fogos, segundo a Lusa.
“Na área florestal, a Polícia Florestal detetou 11 queimadas, a última na segunda-feira em Machico”, informou a secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada.
A governante madeirense acompanhou hoje iniciativas de controlo da proliferação de espécies invasoras e de redução de cargas combustíveis nos espaços florestais, em particular nas áreas adjacentes a zonas habitacionais, em Santo António, nas zonas altas do Funchal.
Susana Prada referiu que “não há deteção de casos de fogo posto, mas de queimadas ilegais”. O POCIF está em vigor desde 5 de junho, estando proibidas as queimadas até 31 de outubro.
O Governo Regional “tem previsto limpar este ano 480 hectares de terrenos um pouco pela ilha toda”, tendo sido feita uma intervenção em 313 hectares em 2017. A governante mencionou que estas limpezas são feitas por pessoal afeto ao executivo insular e outras são efetuadas em recurso a empresas externas. “Se todos colaborarmos, será mais fácil”, vincou.
A responsável salientou que o Governo Regional “continua as suas ações de prevenção e vigilância aos fogos florestais”, estando a curso uma intervenção no sítio da Barreira, junto das habitações. “Já combinamos também com a população que faríamos esta primeira intervenção mais pesada e que eles colaborariam durante o ano na manutenção dos terrenos”, disse.
No âmbito da vigilância, sublinhou, estão “ativas as seis torres, com equipas durante 24 horas por dia”, e há outros 28 grupos de vigilância móvel na área florestal, acima dos 700 metros de altitude. “Aproveito para deixar um alerta para que a população nestes dias de calor, de verão, vá para a serra, faça piqueniques, utilize espaços florestais, mas não faça lume de espécie alguma”, apelou. A secretária regional sugeriu que as pessoas utilizem estes espaços, mas que “levem o piquenique já feito de casa”, porque “não há necessidade de correr estes riscos em altura de calor”.