O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou um contrato de empréstimo com a SONAE MC, no valor de 55 milhões de euros, para financiar os investimentos da empresa com vista a reduzir o impacto ambiental da sua atividade de retalho alimentar. Através deste acordo, a SONAE MC (proprietária das lojas Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia) instalará novas tecnologias, que irão melhorar a sua sustentabilidade ambiental. O empréstimo do BEI contribuirá para a renovação dos sistemas técnicos das lojas, com equipamentos mais eficientes em termos energéticos, bem como novas tecnologias de produção de eletricidade e gestão de resíduos.
Emma Navarro, vice-presidente do BEI, e Rui Almeida, diretor financeiro da SONAE MC, assinaram hoje o acordo em Matosinhos, no Porto. O financiamento do BEI foi possível graças ao apoio do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), pilar central do Plano de Investimento para a Europa, conhecido como o «Plano Juncker». Este permite ao Grupo BEI alargar a sua capacidade de financiamento de projetos com elevado valor acrescentado que, no caso deste acordo, é patente ao nível da promoção da utilização eficiente dos recursos, da coesão social e territorial e da criação de emprego. O projeto implicará, nomeadamente, a contratação de mais de 1 200 pessoas durante a fase de implementação.
Na cerimónia de assinatura em Matosinhos, a vice-presidente do BEI, Emma Navarro, declarou: “Este projeto é um excelente exemplo das nossas prioridades em Portugal: investir na inovação para apoiar a ação climática e fomentar a coesão, o emprego e o crescimento económico. O acordo assinado hoje terá um impacto ambiental extremamente positivo e dará um contributo importante para o combate às alterações climáticas, ao reduzir o consumo energético e permitir a utilização de fontes de energia renováveis”.
Carlos Moedas, comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, adiantou: “Este novo acordo ao abrigo do Plano Juncker mostra que a concretização dos nossos objetivos ambiciosos ao nível da UE, nos domínios da transição energética e da ação climática, também se traduz em novos postos de trabalho para a população. Este é um projeto do qual nos podemos sentir orgulhosos, e congratulo-me por a UE, através do Plano Juncker, poder fazer parte do mesmo”.
Rui Almeida, CFO da Sonae MC, afirma: “Este investimento financeiro é um contributo importante para a materialização da política ativa em Sustentabilidade da Sonae MC, refletindo as nossas preocupações numa matéria que constitui um pilar estratégico da nossa atividade. Fortemente sustentado em inovação, este projeto consolida a posição dianteira da Sonae MC na vertente ambiental, impulsionando o nosso contributo para uma pegada ecológica global sustentável, rumo à descarbonização e ao desperdício zero.”
A modernização das lojas de retalho alimentar da SONAE MC permitirá reduzir o consumo de eletricidade em 10%, mediante a instalação de equipamentos e tecnologias de monitorização e gestão da energia mais eficientes. Os sistemas de refrigeração serão renovados, contribuindo para a utilização eficiente da energia e reduzindo o impacto ambiental dos gases com efeito de estufa. O consumo de água também irá diminuir, graças à instalação de novos sistemas de gestão da água. Além disso, as lojas produzirão o equivalente a cerca de 8 % das suas necessidades de eletricidade, mediante o recurso a fontes de energia renováveis. Os investimentos relacionados com a água permitirão reciclar e valorizar até 24 % do total de resíduos alimentares gerados. O projeto contribuirá para o desenvolvimento do mercado de veículos elétricos (VE), através da instalação de cerca de 680 pontos de carregamento de VE nos parques de estacionamento das lojas, melhorando a experiência do cliente entre as pessoas mais sensibilizadas para as questões ambientais. O montante de investimento elegível deste projeto ascende a 110 milhões de euros, a ser realizado entre julho de 2018 e junho de 2022.
Este financiamento também é importante para a SONAE MC, porque permite a diversificação das suas fontes de financiamento e o acesso a empréstimos com prazos mais longos (máximo de 12 anos) a custos competitivos.